Ex-ministro preso depõe no caso que pode deixar Bolsonaro inelegível
A PF encontrou na residência do ex-ministro a minuta de um decreto para instaurar estado de defesa na sede do TSE. O objetivo era mudar o resultado das eleições de 2022.

Publicado em: 16/03/2023 às 11:34 | Atualizado em: 16/03/2023 às 11:39
A apuração dos jornalistas Luiz Felipe Barbiéri e Márcio Falcão, do g1 e TV Globo, traz a informação que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres prestou depoimento, nesta quinta-feira (16/3), no âmbito de uma ação que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível.
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), apresentada pelo PDT, questiona uma reunião que Bolsonaro fez com embaixadores, em julho de 2022, na qual realizou ataques sem provas às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral.
Segundo apurou a TV Globo, Torres respondeu às perguntas.
O depoimento do ex-ministro foi pedido pelo corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, para esclarecer uma minuta com teor golpista encontrada na casa dele.
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O ex-ministro foi ouvido por videoconferência. Torres está preso no 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), em um inquérito que apura os ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro.
Minuta
A PF encontrou na residência do ex-ministro a minuta de um decreto para instaurar estado de defesa na sede do TSE. O objetivo era mudar o resultado das eleições de 2022.
O documento – considerado inconstitucional por especialistas – foi encontrado pela Polícia Federal durante uma operação de busca e apreensão.
O material foi anexado à ação que tramita contra Bolsonaro na Corte, que questiona a conduta do ex-presidente na reunião com embaixadores.
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Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil