Aline de Lima Paixão, a esposa do líder do plano de sequestro do ex-ministro Sergio Moro, é proprietária de uma empresa que possui contrato com o Ministério das Comunicações firmado na gestão Jair Bolsonaro. A informação é do portal DCM .
A empresa é chamada Lokmid Importadora e Exportadora LTDA e está localizada em São Gonçalo dos Campos, na Bahia.
Segundo registros oficiais, Aline é sócia junto com o administrador Davi Andrade Santos e a empresa foi criada em setembro de 2012, com um capital social de R$ 1 milhão.
De acordo com o Portal da Transparência, a empresa atua no comércio varejista de produtos alimentícios em geral. Ela assinou um contrato de publicidade institucional com o Ministério das Comunicações, no valor de R$ 2.660,93, em 19 de agosto de 2022. O contrato ainda está em fase de pagamento.
O então ministro Fábio Faria, do governo do ex-presidente Bolsonaro e genro do empresário Silvio Santos, foi responsável pela contratação.
É importante destacar que Aline recebeu R$ 5.950 em Auxílio Emergencial do mesmo governo, de dezembro de 2020 até outubro de 2021.
Aline foi presa preventivamente em Santa Bárbara d’Oeste, no interior de São Paulo, mas foi solta com uma tornozeleira eletrônica pela juíza Gabriela Hardt.
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No despacho, a magistrada considerou que Aline é empresária, de boa conduta social e tem emprego e domicílio fixo, onde reside com seus três filhos, de 6, 7 e 13 anos.
É importante mencionar que, em trocas de mensagens de diferentes aparelhos celulares, Aline utilizou termos cifrados como “Tokio” para referir-se a Sergio Moro e “Flamengo” para o ato de sequestro. Segundo um ex-membro da facção que procurou o MP paulista para pedir proteção, Janeferson Aparecido Mariano Gomes, conhecido como Nefo, marido de Aline, queria sequestrar Moro e sua família para resgatar o líder máximo da facção, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, da prisão federal de Brasília.
O portal DMC traz informações que indicam uma possível conexão entre Aline e o mundo do crime organizado, além de levantar questões sobre a relação da empresa Lokmid com o governo Bolsonaro e o uso do dinheiro público.
Foto: reprodução