A adolescente de 15 anos resgatada de exploração sexual no Território Ianomâmi percorreu cerca de 1.900 km em sua jornada. Ela foi aliciada no interior do Maranhão com a promessa de trabalho como cozinheira em Roraima, mas chegou ao destino endividada e incapaz de sair. Infelizmente, esse tipo de exploração é comum em grupos de aliciadores de jovens no estado, e a Polícia Federal (PF) está investigando essa prática. De acordo com a investigação, muitas adolescentes são convidadas para trabalhar na prostituição e não sabem as condições do trabalho ou da viagem.
Os aliciadores cobram em ouro a viagem para transportar as novas contratadas, o que gera uma dívida inicial de cerca de R$ 3 mil.
As vítimas relatam que moravam em quartos de lona, sem nenhum conforto ou dignidade, e arcam com os custos da internet, comida e higiene pessoal, que são extremamente elevados.
Essas jovens contraem dívidas numerosas e acabam ficando presas na região, sem poder retornar para casa.
Os aliciadores são principalmente de outros estados, como Maranhão e Pará, enquanto as jovens exploradas são da região Norte e muitas da Venezuela. Até o momento, três vítimas foram resgatadas, com a PF intensificando as investigações em garimpos ilegais. Infelizmente, muitas organizações criminosas voltadas para a exploração sexual e prostituição estão sendo descobertas.
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As vítimas resgatadas recebem suporte da PF, dos conselhos tutelares e de apoio psicológico e financeiro. É fundamental que essas práticas criminosas sejam investigadas e punidas, a fim de proteger jovens vulneráveis da exploração sexual.
Leia mais na matéria de Elijonas Maia publicada no site da CNN Brasil
Foto: PF