Condomínios de Manaus estão impedindo a entrada das equipes da Amazonas Energia para efetuar o corte de luz em apartamentos com faturas atrasadas.
Por isso, a concessionária anunciou, nesta quinta-feira (6), que vai entrar na Justiça contra os condomínios, pois o calote nesses lugares chega a R$ 62 milhões.
Do total de 74.987 Unidades Consumidoras (UC) cadastradas dentro de condomínios, cerca de 33% estão em débito com a concessionária. Isso é equivalente a 24.780 unidades habitacionais.
No ano passado, das 65 visitas a condomínios, os profissionais, mesmo com a identificação da empresa, foram barrados pelos porteiros em 60 residenciais.
Apenas cinco clientes liberaram o acesso e efetuaram o pagamento. No primeiro trimestre de 2023, a situação foi ainda pior. A concessionária realizou 66 visitas. Em 65, os funcionários da Amazonas Energia ficaram do lado de fora porque não obtiveram autorização para entrar. Apenas um cliente atendeu aos profissionais e pagou a dívida.
Segundo Ítalo Costa, gerente de Recebíveis, a empresa continuará seguindo todos os protocolos, mas intensificará o serviço de corte, agora, por meio de medida judicial.
“O cliente recebe um SMS informando que a conta irá vencer. Um segundo SMS informando que a fatura está em atraso. Se não regulariza, a empresa envia o nome do devedor para o cartório. O corte é a última tentativa de recebimento. Mesmo podendo desligar o serviço após o 15º dia de atraso, normalmente, a concessionária só adota a medida extrema em torno de 45 dias de inadimplência. Nossas equipes têm sido impedidas de acessar os condomínios porque o cliente devedor não autoriza a entrada, sendo que os postes, a fiação, assim como o medidor de energia, todos pertencem à empresa”, explicou Ítalo Costa.
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Foto: Reprodução/ Segundo a Segundo