Amazônia: empresas de cosméticos estão na mira do Ibama
A operação Terra Brasilis visava fabricantes que utilizam recursos da biodiversidade brasileira em seus processos produtivos sem autorização prévia.

Diamantino Junior
Publicado em: 11/04/2023 às 21:07 | Atualizado em: 11/04/2023 às 21:49
Em março, o Ibama autuou cinco empresas de cosméticos por explorarem o patrimônio genético nacional sem a devida regulamentação.
A operação Terra Brasilis visava fabricantes que utilizam recursos da biodiversidade brasileira em seus processos produtivos sem autorização prévia.
O patrimônio genético nacional inclui informações contidas em organismos que ocorrem naturalmente no Brasil, como espécies da fauna e flora.
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As empresas autuadas incluem a Schwaab Company, multada em 200 mil reais por explorar 53 produtos feitos com cupuaçu, tucumã e castanha-do-pará sem notificação prévia;
Benedito Moreira Primo, proprietário da Vegetal Life, multado em 410 mil reais por usar frutas como maracujá, cupuaçu, açaí, pitanga e abacaxi em 42 de seus produtos;
WU Perfumaria, que recebeu duas multas no valor total de 130 mil reais e é especializada em produtos para cabelo e corpo;
Incopab, que recebeu uma advertência por produzir shampoo e condicionador utilizando o jaborandi, planta originária da Amazônia.
Mais de 50 empresas foram notificadas a apresentar documentos e informações adicionais sobre suas atividades envolvendo componentes da biodiversidade brasileira, e há duas investigações em andamento sobre o tema.
Leia mais na coluna MAQUIAVEL, de José Benedito da Silva, publicada no site do revista Veja
Foto: Divulgação/Dietec/Ibama