O advogado Rodrigo Tacla Duran, tem depoimento marcado para terça-feira (18), às 16h, com o juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), que trata dos casos relativos à Operação Lava Jato.
Ele deverá desembarcar nos próximos dias no Brasil, vindo da Espanha, onde mora.
Tacla Duran prestou depoimento de forma remota ao juiz Appio no dia 27 de março. Na ocasião, fez uma denúncia grave: disse que sofreu tentativa de extorsão para não ser preso nas investigações da Lava Jato.
A denúncia se transformou em notícia-crime envolvendo o ex-juiz Sergio Moro, o ex-procurador Deltan Dallagnol, além do advogado Carlos Zucolotto Júnior e Fábio Aguayo. Como Moro e Dallagnol são parlamentares, o caso foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
No depoimento que prestará nos próximos dias, Tacla Duran poderá fazer novas denúncias, não relacionadas àquelas que fez na primeira manifestação ao juiz Appio, no final do mês passado.
Nos últimos tempos, Tacla Duran, que advoga em causa própria, vinha reclamando de atuação indevida da juiza Gabriela Hardt, que provisoriamente substituiu Sergio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba. Há cerca de sete meses, ele tinha pedido que a Justiça considerasse Hardt como suspeita para julgá-lo.
Acontece que no dia 22 de fevereiro, quando o novo juiz da Lava Jato já tinha assumido, a própria Gabriela Hardt negou que houvesse suspeição e determinou o arquivamento do pedido de Tacla Duran. Ao saber do fato, Eduardo Appio desarquivou o caso e reverteu a decisão.
Além disso, Tacla Duran vinha reclamando da demora no envio das informações detalhadas de seu processo à Justiça espanhola e dados sobre a revogação de uma ordem de prisão preventiva. Isso acabou acontecendo e ele pode vir ao Brasil. O advogado poderá dispor de agentes da Polícia Federal para garantir sua segurança.
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Foto: Reprodução