Braço direito de Pazuello traz Bolsonaro de novo à trama de golpe

Novas mensagens revelam participação de coronel do Exército em trama golpista, indica inquérito da PF

Coronel Elcio deve ser convocado novamente para explicar caso Covaxin

Diamantino Junior

Publicado em: 08/05/2023 às 19:07 | Atualizado em: 08/05/2023 às 20:33

A CNN obteve acesso a mensagens adicionais que compõem o inquérito da Polícia Federal (PF) contra Mauro Cid, ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Essas novas mensagens em áudio colocam o coronel Elcio Franco, um funcionário de confiança do governo Bolsonaro e ex-número 2 do Ministério da Saúde, no centro de uma trama golpista.

O coronel Elcio Franco não apenas estava ciente da situação, mas também deu sugestões sobre como mobilizar 1,5 mil homens para uma possível intentona golpista.

Durante uma conversa com o ex-major Ailton Barros, que está preso, Elcio expressou o temor do então comandante do Exército em ser responsabilizado por qualquer tentativa de golpe.

Os diálogos revelam que Ailton e seu grupo até consideraram a ideia de suplantar a autoridade do comandante Freire Gomes, utilizando o Batalhão de Operações Especiais do Exército.

Essa documentação faz parte do inquérito que sustenta a prisão de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, bem como a prisão de Ailton Barros, ex-major que tinha acesso à cúpula do Palácio do Planalto.

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Ailton e o coronel Elcio vinham discutindo sobre um golpe de Estado e a resistência do então comandante do Exército, Freire Gomes, em aderir ao plano golpista. Em uma parte das mensagens, Elcio fala com Ailton e especula sobre a possível reação do comandante do Exército.

Além disso, Ailton Barros menciona a necessidade de convencer o general Pimentel e o comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia a prender Alexandre de Moraes.

Eles planejavam organizar, desenvolver, instruir e equipar 1.500 homens para essa finalidade.

Essas revelações trazem à tona a complexidade do caso e seus desdobramentos.

Leia mais na matéria de Daniela Lima publicada no portal da CNN Brasil

Foto: Anderson Riedel/PR