O Supremo Tribunal Federal (STF) resolveu meter a “mão na cumbuca” na história do tiktoker Agenor Tupinambá e a capivara “Filó”. Desde ontem (8), encontra-se nas redes sociais da suprema corte um post contrário à criação de animais silvestres pelos cidadãos brasileiros.
Dessa forma, há um indicativo velado de que, se essa matéria, processo ou ação sobre o caso da capivara “Filó” e o influencer digital do Amazonas chegar às barras do tribunal de última instância os envolvidos poderão perder a causa.
Com a imagem de uma capivara, a mensagem abre dizendo o seguinte:
“Olha que bichinho lindinho! Vamos pegar para criar? NÃO VAMOS! Sabe por quê?
E prossegue a mensagem do STF.
Citando o artigo 1º, da lei 5.197/1967 , que trata da proteção à fauna, a campanha ressalta que “os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase do seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são propriedades do Estado, sendo proibida a sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha”.
O STF alerta ainda, pois, que a única maneira de obter um animal silvestre de forma legal é por meio de autorização do Ibama ou do órgão ambiental do seu estado ou município.
“Em outras palavras, adquirir cobra, passarinho, capivara, macaco ou qualquer outro animal silvestre, sem a devida licença, é crime!”, afirma o STF.
Preserve a natureza
Por fim, a mensagem do STF, envolvendo de certo modo a adoção da capivara “Filó” pelo tiktoker, alerta os cidadãos dizendo que, caso alguém presencie maus-tratos, tráfico de animais ou criação indevida, que denuncie junto à autoridade ambiental de sua cidade.
Assim sendo, a campanha do Supremo, nas redes sociais, adverte ainda que se qualquer pessoa encontrar um animal silvestre dentro de sua casa ou em situação de risco, que peça ajuda pelo disque 190 ou entre em contato com a polícia militar ambiental de sua cidade.
Apoios
Ainda na mesma postagem, internauta Ugo Werneck Vianna, seguidor do instagram do STF, parabenizou o tribunal pelo posicionamento.
Assim escreveu ele na rede social:
“Solicitamos que a capivara seja retirada da mão do tiktoker que a explorou, bem como outros animais silvestres. Não obstante, deputada e um magistrado deslegitimaram a autoridade funcional do Ibama, causando grave problema de autorização social para escalada de futuras delinquências ambientais com a espetacularização dessas”
Da mesma forma, Dianna Almeida comentou:
“STF, por favor, faça cumprir a lei e retire a capivara do Agenor e leve de volta para ser reabilitada, é o justo com educadores ambientais do país que lutam para reverter esse quadro e conscientizar as pessoas. Aproveite e embargue a fazenda onde Agenor vive com a família, criando búfalos em terra indígena invadida, e cobre os mais de R$ 1 milhão de multas por desmatamento e poluição”.
Leia mais
Foto: reprodução/STF