Ajudante de Bolsonaro era ‘caixa eletrônico’ de saques de Michelle
Mensagens no celular do coronel Mauro Cid começam a fazer revelações sobre o casal

Publicado em: 24/05/2023 às 21:07 | Atualizado em: 24/05/2023 às 21:15
A investigação da Polícia Federal (PF) sobre o envolvimento de Mauro Cid, então ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em transações financeiras para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, identificou como eram feitos os pedidos para saques em dinheiro vivo e pagamentos para Michelle.
“A dama pediu saques”, diz uma das mensagens enviadas por Giselle Carneiro, assessora de Michelle Bolsonaro, para Mauro Cid. As informações foram divulgadas inicialmente pelo UOL.
Em outras mensagens, trocadas entre Cid e a assessora, revela-se a urgência nas demandas da ex-primeira-dama, com pedidos de depósito que envolviam valores, por exemplo, de 3.200 e 4.900 reais.
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Sobre os valores, de acordo com a publicação, a PF encontrou, até o momento, um conjunto de 13 comprovantes de depósitos em dinheiro vivo feitos por Cid a Michelle, no período entre março e agosto de 2021, que totalizaram 21.500 reais.
O valor é superior ao identificado na análise inicial da PF, que apontou que cerca de 5.600 reais foram depositados entre março e outubro do mesmo ano.
“O conjunto probatório colhido durante o estudo do material apreendido (inclusive o contido em nuvem) permite identificar uma possível articulação para que dinheiro público oriundo de suprimento de fundos do governo federal fosse desviado para atendimento de interesse de terceiros, estranhos à administração pública, a pedido da primeira-dama Michelle Bolsonaro, por meio de sua assessoria, sob coordenação de Mauro Cid”, aponta o relatório da PF.
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Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República