O boi azul tem reconhecido capricho na confecção de seu material cênico. E pela excelência na execução das coreografias das danças indígenas.
Parte do material cênico, as alegorias, já pode ser vista na dispersão do bumbódromo. Minuciosamente trabalhadas. Já o seu arsenal humano, foi possível ver por meio da potência da dança de “seus povos indígenas” já no ensaio técnico.
Aliás, povos indígenas é o novo nome do item 13.
É música para os ouvidos de qualquer antropólogo o anúncio de Edmundo Oran, a plenos pulmões: “Povos indígenas, item 13!”. Ao invés do ultrapassado termo tribos.
A toada ritual “Yreruá”, a festa do guerreiro, leva a galera azulada ao delírio. Há um trecho que canta “dança com a cabeça do inimigo, Yreruá”.
O Caprichoso está se preparando para dançar com a cabeça do contrário. Porém, o inimigo do guerreiro Yreruá são os donos das doenças que perturbam o mundo dos vivos.
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Parintintin
O ritual Yreruá foi recentemente reincorporado pelos parintintin. Ao executá-lo, a agremiação soma no reconhecimento do processo de retomada cultural do povo que dá nome à cidade.
Embora os parintintin jamais tenham ocupado a ilha, o nome foi dado em sua homenagem. Justamente, em um processo similar de valorização dos povos indígenas da região amazônica.
Fotos: reprodução/vídeo