Abin aponta ligação de empresas com garimpo e atos golpistas

Ao menos 272 caminhões entraram em Brasília após a vitória de Lula

Mariane Veiga

Publicado em: 17/07/2023 às 17:22 | Atualizado em: 18/07/2023 às 12:00

Segundo relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), transportadoras, donas de caminhões e empresas suspeitas de envolvimento com o garimpo ilegal, podem ter participação nos atos golpistas de 8 de janeiro.

As informações foram divulgadas inicialmente pelo jornal “Folha de S.Paulo”. Dessa forma, os documentos foram entregues pela agência de inteligência à CPI dos golpistas.

A Abin identificou 272 caminhões que chegaram a Brasília a partir de novembro de 2022, logo após o resultado das eleições em que Lula da Silva (PT) derrotou Jair Bolsonaro (PL).

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Metade dos veículos pertencia a empresas. O restante estava registrado em nome de pessoas físicas, sócias de empresas de médio porte do setor agropecuário.

Conforme os dados levantados pela agência, ao menos 12 empresas eram proprietárias de mais de um caminhão presente no acampamento golpista em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.

Portanto, na avaliação da Abin, isso indica baixa adesão de caminhoneiros autônomos, e o estímulo aos atos por determinados grupos econômicos.

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil