Os parentes dos assassinos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips foram ouvidos realizada nesta quinta-feira (20), em formato virtual.
Os depoimentos ocorreram na nona sessão da audiência de instrução e julgamento do caso. O ato é presidido pelo juiz federal Weldeson Pereira, da Comarca de Tabatinga .
O primeiro a depor foi Amarílio de Freitas Oliveira, filho do pescador Amarildo da Costa e sobrinho de Oseney da Costa, acusados pelo Ministério Público Federal de serem os assassinos da dupla.
Amarílio estava em Manaus e foi ouvido através da internet. Ele disse que era comum Bruno e a equipe da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) abordarem os pescadores fora da Terra Indígena Vale do Javari.
Segundo ele, a fiscalização causou dificuldades financeiras à família. O homem também contou que ele e o pai vendiam peixes para Rubem Dario Villar, o Colômbia, suspeito de ser o autor intelectual dos crimes.
Também foi ouvido Jânio Freitas de Souza. Ele está preso há quase um ano e responde por pesca ilegal. À Justiça, ele contou que no dia 5 de junho, dia da morte de Bruno e Dom, o indigenista afirmou que mandaria Polícia Federal prender os pescadores ilegais que estavam invadindo lagos de manejo das comunidades ribeirinhas.
A terceira testemunha ouvida foi Elizabete da Costa Oliveira, irmã de Amarildo e Oseney. Segundo ela, a relação da família com os indígenas era boa e que Amarildo teria lhe falado que atirou em Bruno e Dom para se defender.
A sobrinha de Amarildo e Oseney, Maria Antônia da Costa, foi a última testemunha a ser ouvida. Ela disse que os tios foram agredidos pelos agentes da PF durante as prisões em Atalaia do Norte.
Leia mais na matéria de Rôney Elias no G1
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Foto: Reprodução/ Univaja