Saiba qual alerta vem da Nasa para Lula sobre Amazônia
Essa parceria representa uma mudança na relação entre Brasil e EUA na preservação ambiental.
Diamantino Junior
Publicado em: 24/07/2023 às 15:42 | Atualizado em: 24/07/2023 às 15:47
Em uma mudança significativa na relação entre Brasil e Estados Unidos para combater o desmatamento na Amazônia, o diretor da NASA, Bill Nelson, se reuniu com o presidente Lula em Brasília para oferecer a colaboração de mais satélites no monitoramento da floresta. Nelson, ex-astronauta e indicado à NASA pelo presidente americano Joe Biden, destacou que os satélites norte-americanos podem identificar pontos de degradação com precisão, auxiliando na prevenção de ilegalidades e incêndios florestais.
Durante o encontro, Nelson ressaltou que a NASA já enviou informações dos seus satélites para cientistas brasileiros com o objetivo de auxiliar na localização de destruição na floresta. Além disso, três novos satélites, com tecnologia avançada para identificar doenças e pragas na floresta, serão enviados para ajudar a conter a destruição.
A ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, que também participou da reunião, afirmou que as propostas serão avaliadas. Ela destacou que o Brasil já possui duas parcerias espaciais com os Estados Unidos desde os anos 1980 e que o país conta com o Deter (Coordenação-Geral de Observação da Terra) e o Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite) para o monitoramento da floresta.
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Amanhã, Nelson e Lula visitarão o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em São Paulo, onde serão apresentados os principais mecanismos de controle utilizados no Brasil. A embaixadora norte-americana no Brasil, Elizabeth Bagley, também informou que Lula e Biden deverão conversar em breve por telefone.
Bill Nelson, em relato a Lula, mencionou que já era possível ver a destruição da Amazônia do espaço nos anos 1980, enquanto orbitava a Terra a cada 90 minutos durante sua missão como astronauta. Ele descreveu a degradação da floresta, com resíduos se estendendo por centenas de quilômetros em direção ao Oceano Atlântico.
Com a oferta de cooperação e o uso da tecnologia espacial, espera-se que o Brasil e os Estados Unidos possam aprimorar seus esforços para combater o desmatamento e preservar a maior floresta tropical do mundo.
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Foto: Greenpeace/divulgação