O projeto Curupira (ser mitológico guardião da floresta), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), pretende ajudar no combate ao desmatamento e, consequentemente , na preservação ambiental.
Liderado pelo Laboratório de Sistemas Embarcados, o Curupira tem como objetivo criar um sistema de monitoramento inteligente para áreas de floresta fechada, rios e zonas urbanas.
Dessa maneira, proporcionando uma nova abordagem na detecção de ameaças e ataques ao ecossistema.
Desenvolvido por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores, o projeto já passou por testes-piloto em área de floresta na capital amazonense.
Ele é capaz de identificar, por exemplo, sons de anomalia no ambiente florestal, como o barulho de motosserras, que podem indicar ameaças ao ecossistema.
O Curupira foi projetado para ouvir apenas os sons que identificam perigo na floresta, filtrando os ruídos naturais. Isso nos permite agir rapidamente diante de ameaças vindas de motosserras, por exemplo, e tomar medidas cabíveis para proteger o ambiente florestal , disse Raimundo Claudio, coordenador do Laboratório de Sistemas Embarcados.
Conforme ele, a iniciativa destaca a capacidade de pesquisa e desenvolvimento da UEA.
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Proteção ambiental
Para o reitor da UEA, André Zogahib, o projeto é um marco na proteção ambiental para a universidade.
Isso mostra como o Brasil vem despontando na questão da proteção ambiental, reforçando ainda mais a nossa relação para a promoção de políticas públicas essenciais dentro da nossa universidade pública brasileira .
O alcance dos dispositivos Curupira é estendido por meio de uma rede de comunicação, permitindo que compartilhem informações entre si e enviem alertas para um roteador central localizado a até 15 quilômetros de distância.
Esse roteador encaminha os dados para análise em um programa de computador, possibilitando a visualização e ação apropriada em tempo real.
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Parceria
Sobretudo, Tiago Orives, diretor de operações da Hana Eletronics, empresa que financiou o projeto, disse ser importante a colaboração entre a iniciativa privada e a universidade.
“Nossa parceria com a UEA nos permitiu aplicar tecnologia de ponta em prol da preservação ambiental. É essencial unir esforços para garantir o futuro de nossas riquezas naturais”.
Assim, sendo, Thiago Almeida, gerente do Curupira, disse que o projeto é um exemplo de como a tecnologia pode ser adaptada à nossa realidade, com dispositivos inteligentes capazes de identificar ameaças específicas da região amazônica.
“Estamos promovendo ações concretas para proteger nossa floresta e contribuir para políticas públicas voltadas à preservação ambiental”.
Foto: Taize Batista/UEA/Secom