Petistas em Manaus, sobre Alfredo: ‘Nunca será nome da militância’

Bases de militância dos petistas reagiram com veemência à notícia do BNC Amazonas de que o presidente estadual do PL de Bolsonaro, o ex-senador Alfredo Nascimento, pode entrar em composição com o PT para possível candidatura a prefeito de Manaus em 2024.

Para os militantes das bases populares da zona norte da capital, por exemplo, Alfredo Nascimento tem hoje total repulsa dos petistas.

“Figuras políticas amantes do golpe, que estão à espreita para desidratar a democracia brasileira, jamais serão nomes defendidos pelo povo trabalhador e que está organizado nos movimentos populares e sindicais”.

É o que afirmou Rodrigo Furtado, dirigente do PT na zona norte de Manaus.

Ele se referia ao impeachment da presidente da República Dilma Rousseff, que teve voto de Nascimento, mesmo ele tendo sido ministro dos governos petistas.

“Nós sofremos muito com o golpe protagonizado pela direita e pelo centrão, que governam o país como prostitutas, vendendo a luta dos trabalhadores, suas almas, para os grandes empresários e elites deste país”, afirmou Furtado.

O petista também disse que igualmente não vai cair no esquecimento o governo de Jair Bolsonaro, “que culminou na onda do ódio e do desamor, dos inúmeros ataques à educação, aos povos originários e ao nosso povo negro, como o racismo, a homofobia e a intolerância religiosa que se tornaram características horríveis do bolsonarismo”.

Dessa forma, a militância disse defender candidatura própria do PT à Prefeitura de Manaus, mas jamais com Alfredo Nascimento.

“Somos o maior partido do Amazonas, com o maior número de filiados, com mais de 22 mil cidadãos que acreditam no PT como instrumento de luta e transformação social. Não podemos ser coadjuvantes, mas sim protagonistas na apresentação de um projeto voltado aos trabalhadores do nosso estado”, disse Furtado.

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Direção é criticada

Ele criticou a direção do PT por não dar atenção à militância e lideranças locais e anda distante do que as ruas pesem. Para o dirigente, “está tudo desorganizado, nada está sintonizado”.

Em síntese, Furtado analisou assim a situação do PT no Amazonas:

“A militância do PT espera um debate, mas as direções do partido fogem de um diálogo responsável. E aí vem a direção nacional tentar dizer o que devemos fazer aqui, como se vivessem nossas dores e clamores”. 

Foto: BNC Amazonas