O governo federal vai liberar R$ 141 milhões para a fazer a dragagem dos rios Amazonas, da região do Tabocal, Madeira e Solimões. Isso tudo para atender as cidades com problema no escoamento de produtos e, portanto, não conseguem a navegabilidade por causa da seca que castiga o estado do Amazonas.
O anúncio dos recursos e de ações emergenciais ocorreu nesta terça-feira (26) em uma reunião em Brasília, com três ministros. Dela, participaram o governador Wilson Lima (União Brasil), a bancada de deputados e senadores. Entre os ministros estavam o dos Transportes, Renan Filho, dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.
“Daqui a uma semana, a dragagem deve estar chegando nas regiões para a gente poder sanar esse problema que tem preocupado a todas nós”, disse Costa Filho.
Segundo Renan Filho, os R$ 141 milhões foram destinados emergencialmente pelos ministérios dos Transportes e dos Portos, além do Dnit. Já as obras vão iniciar a partir do dia 6 de outubro em duas frentes:
“A primeira frente, a partir do dia 6 de outubro, e eu espero estar ao lado do ministro Silvio Costa, do governador e de quem desejar que esteja presente nessa reunião, poder fazer uma visita já no início dessas obras”, disse Renan Filho.
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Ações emergenciais
Por outro lado, o ministro Costa Filho anunciou ainda ações além das emergenciais. Ele citou, por exemplo, a segunda etapa dos atos integrados dos três ministérios ligados ao modal de transporte.
“A partir da próxima semana, ao lado dos ministros Renan Filho, Waldez Góes e de todo o governo vamos trabalhar ações que vão desde dragagem, fortalecendo as nossas hidrovias, construção de novos aeroportos para desenvolver o turismo, levar saúde pública e cidadania à população”.
De acordo com o ministro, hoje há um déficit de 17 aeroportos no estado do Amazonas.
Além disso, os três ministérios vão apresentar um plano estratégico para o estado do Amazonas a fim de fortalecer todo o modal de transporte da região.
Força-tarefa
Ainda nesta terça-feira, o governador Wilson Lima também se reuniu com os ministros Góes e Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima , e representantes de mais seis órgãos federais.
No encontro, foi definida a criação de uma força-tarefa do governo federal para reforçar as ações que vêm sendo realizadas pelo estado.
Dessa forma, enfrentar os impactos da estiagem no Amazonas, que já afeta 111 mil pessoas. Dos 62 municípios do estado, 15 estão em situação de emergência.
Água e alimentos
Segundo Lima, o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional se comprometeu com o envio de itens como cestas básicas e água.
Já o Ministério do Meio Ambiente garantiu que vai intensificar o combate aos incêndios, reforçando o trabalho de bombeiros militares e brigadistas que já atuam no estado, principalmente no sul do Amazonas.
“Nós temos três aspectos que são importantes para se levar em consideração nessa questão de estiagem: o primeiro deles é a questão da ajuda humanitária, o segundo são as questões de desmatamento e queimadas e o terceiro é a atividade econômica por conta da dificuldade de passagem de balsa e grandes embarcações ali pelo rio Madeira“, disse o governador.
Ações anunciadas
Entre as ações previstas para a força-tarefa em auxílio ao estado e prefeituras das cidades mais afetadas estão, ainda, o apoio logístico, acesso a programas sociais federais e liberação de emendas parlamentares.
“O presidente Lula autorizou a mim e a Marina a anunciarmos a força-tarefa do governo federal para juntos, dezenas de ministérios, atuarmos juntos com o governo do estado do Amazonas e as prefeituras que já estão sofrendo com situação de emergência. Prioridade nossa: ajuda humanitária”, disse Góes.
Foto: Diego Peres/Secom