A seca severa que fez com que os afluentes do Amazonas, como os rios Madeira e Tapajós, atingissem o nível mais baixo em mais de um século interrompeu embarques de grãos nos rios da região Norte.
É o que informa uma nota enviada aos clientes nesta quinta-feira (19) pela Serveporto, uma provedora de serviços portuários.
No comunicado, a Serveporto diz que algumas empresas de barcaças “interromperam a navegação nos rios Tapajós e Madeira, afetando os terminais de grãos”.
Algumas regiões da Amazônia registraram a menor quantidade de chuva de julho a setembro desde 1980, e os níveis de água no porto de Manaus, a cidade mais populosa da região, atingiram o nível mais baixo desde que os registros começaram em 1902.
“A estação seca atingiu duramente os portos amazônicos, principalmente para as barcaças com calado mais baixo”, disse a Serveporto.
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A Hidrovias do Brasil, uma empresa de barcaças que opera no Tapajós, disse em um comunicado à Reuters que as barcaças continuam a operar entre Itaituba e Barcarena, onde transportam fertilizantes e grãos.
A empresa observou ter feito “flexibilizações operacionais pontuais” devido ao fato de os calados estarem mais baixos do que as médias históricas, incluindo o uso de empurradores de manobra para navegar as barcaças nos pontos mais rasos.
Os exportadores brasileiros de grãos estavam desviando um pequeno número de cargas de exportação para os terminais portuários do Sul/Sudeste, devido à seca no Norte, informou a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) na quarta-feira (18).
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Foto: Defesa Civil/Porto Velho