Covid: negacionista da máscara, vereador no AM pega 2 anos de prisão
A condenação incluiu um ano, quatro meses e oito dias de detenção pelo crime de desacato, pena que permite o início do cumprimento em liberdade.

Publicado em: 25/10/2023 às 18:54 | Atualizado em: 26/10/2023 às 06:55
O vereador Gerson D’Ângelo, de Manacapuru, foi sentenciado a uma pena de dois anos e 12 dias de detenção pela Justiça do Amazonas em decorrência de um incidente que ocorreu em 2021.
Na ocasião, durante a pandemia de Covid-19, em que eram necessárias medidas de proteção, o vereador recusou-se a utilizar uma máscara de proteção ao tentar entrar em uma escola municipal. Gerson D’Ângelo é primo do prefeito Beto D’Ângelo.
O incidente aconteceu na escola municipal Zoraida Ribeiro Alexandre, que servia temporariamente como sede da Câmara Municipal de Manacapuru devido à enchente recorde daquele ano.
O vereador se recusou a utilizar máscara e iniciou uma discussão com o diretor da escola, um vigia e uma auxiliar administrativa.
Além disso, teria tomado o celular de uma funcionária da escola na tentativa de evitar que fosse feita uma gravação durante o tumulto.
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A 1ª Promotoria de Justiça de Manacapuru o denunciou, em novembro de 2021, pelos crimes de difamação, ameaça, desacato e infração de medidas sanitárias preventivas. Além disso, foi acusado de furtar o telefone celular de uma funcionária que tentava registrar o incidente.
A condenação incluiu um ano, quatro meses e oito dias de detenção pelo crime de desacato, pena que permite o início do cumprimento em liberdade.
Pela ameaça, a pena foi de três meses e 24 dias, também em regime aberto. Por desobedecer às medidas sanitárias, foram mais três meses e 22 dias, além de uma multa equivalente a 100 dias, acrescida do pagamento de um salário mínimo.
Ao somar as penas de todos os crimes, a sentença totalizou dois anos e 12 dias de detenção, a serem inicialmente cumpridos em regime aberto, e uma multa correspondente a um décimo do valor do salário mínimo por dia.
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Foto: divulgação