Reforma tributĂ¡ria: mineraĂ§Ă£o aponta prejuĂzo e quer ajustes
A associaĂ§Ă£o que representa o segmento da mineraĂ§Ă£o destacou a necessidade de ajustes antes da votaĂ§Ă£o.

Publicado em: 26/10/2023 Ă s 19:04 | Atualizado em: 26/10/2023 Ă s 19:04
O Instituto Brasileiro de MineraĂ§Ă£o (Ibram) emitiu na quarta-feira (25/10) uma nota crĂtica sobre o relatĂ³rio da reforma tributĂ¡ria, apresentado no mesmo dia pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM) na ComissĂ£o de ConstituiĂ§Ă£o e Justiça (CCJ). Enquanto reconhece a importĂ¢ncia da reforma, o instituto pediu uma revisĂ£o de um dos artigos referentes aos fundos estaduais de financiamento da infraestrutura.
O Ibram argumentou que essa cobrança contraria os princĂpios fundamentais que direcionaram a reforma tributĂ¡ria, como a nĂ£o cumulatividade, a nĂ£o incidĂªncia sobre exportações, o princĂpio de destino e a aplicaĂ§Ă£o de alĂquotas uniformes para diferentes setores.
O instituto expressou preocupações com a introduĂ§Ă£o de um imposto adicional que, em sua visĂ£o, traria consigo os problemas do sistema tributĂ¡rio atual.
AlĂ©m disso, o Ibram destacou sua oposiĂ§Ă£o ao artigo 136 da reforma, que segundo avaliaĂ§Ă£o deles impõe Ă´nus sobre produtos primĂ¡rios e semielaborados, afetando negativamente o agronegĂ³cio, a mineraĂ§Ă£o e outros setores de investimento e negĂ³cios.
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Outro ponto de discĂ³rdia foi a imposiĂ§Ă£o do Imposto Seletivo (IS) proposto no artigo 153, que envolve a tributaĂ§Ă£o de operações relacionadas a derivados de petrĂ³leo, combustĂveis e minerais. O Ibram contestou a cobrança de 1% do valor de mercado do produto, independentemente de sua finalidade.
A associaĂ§Ă£o enfatizou a necessidade de ajustes no relatĂ³rio antes de ser votado, alertando que, caso nĂ£o seja avaliado devidamente, prejudicaria setores cruciais da economia que produzem bens primĂ¡rios e semielaborados.
Foto: divulgaĂ§Ă£o Ibram