Fim da seca? rios na Amazônia dão sinais de estabilização

Rios na região Amazônica demonstram sinais de estabilização após alcançarem mínimas históricas, sugerindo um possível alívio da severa seca.

'Mudanças climáticas, não El Niño, agravaram seca dos rios na Amazônia'

Diamantino Junior

Publicado em: 28/10/2023 às 11:16 | Atualizado em: 28/10/2023 às 11:16

Após enfrentar mínimas históricas e descidas acentuadas, rios na Amazônia dão indícios de estabilização, sugerindo um possível ápice da severa seca, conforme aponta o 45º Boletim de Monitoramento Hidrológico da Bacia do Amazonas do Serviço Geológico do Brasil (SGB), divulgado na sexta-feira (27/10). A notícia, embora positiva, não encerra os problemas, destaca Artur Matos, do Sistema de Alerta Hidrológico (SAH) do SGB.

O rio Negro, em Manaus (AM), apresenta sinais de estabilização, mantendo a nova mínima histórica de 12,7 metros sem variações em 24 horas.

Essa estabilização está associada às chuvas nos Andes e na região amazônica, indicando a elevação gradual dos rios menores do Alto Solimões.

O rio Solimões em Tabatinga (AM) subiu, influenciando o nível em Manaus, embora esteja situada no rio Negro.

No Alto Solimões, a descida diária de 10 centímetros cessou, com sinais de elevação.

Em Tabatinga, a cota atingiu 1,20 metro nesta sexta-feira. As previsões apontam para mais chuvas, prevendo o contínuo aumento dos níveis dos rios nas próximas semanas.

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Na Bacia do Rio Branco, sinais semelhantes são observados, com o rio Branco mostrando flutuações.

Na Bacia do Rio Amazonas, os registros mostram redução ou elevação, enquanto na Bacia do Rio Purus, os rios apresentam indícios de subida lenta.

O rio Madeira, em Porto Velho (RO), evidencia uma recuperação gradual, mas ainda com variações. Em Humaitá (AM), a cota é de 9,50 metros, após registrar mínimas históricas.

A estabilização e sinais de elevação nos rios da região apontam para um possível alívio da seca, mas o monitoramento e as condições climáticas continuam sendo determinantes para a recuperação hídrica.

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Foto: Ronaldo Siqueira/especial para o BNC Amazonas