O secretário de Meio Ambiente de Presidente Figueiredo , Luiz Augusto Schwade, contestou ao BNC Amazonas, irresignado, notícias da semana que colocam o município da região metropolitana de Manaus como um dos emissores da fumaça que prejudica a capital desde a semana passada.
Proporcionalmente, disse ele, Manaus gera mais poluição do que Presidente Figueiredo.
Schwade, porém, disse concordar que no último domingo tenha ocorrido bastante incidência de fumaça no município conhecido como Terra das Cachoeiras.
Para sustentar seus argumentos, o secretário enviou ao site dados que dizem que hoje Presidente Figueiredo tem menos queimadas que em 2015, por exemplo.
“Domingo realmente foi o pior dia do ano em Figueiredo e estamos muito preocupados com essa situação. Estamos fazendo monitoramento diário com uso de drone para prevenir queimadas, inclusive estamos com menos queimadas que 2015, ano do último grande El Niño. Mas, dizer que Figueiredo é responsável pela fumaça de Manaus, não é verdade”.
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O fogo e o vento
Conforme ele, os dados do Inpe são importantes como referência, mas têm uma limitação: o satélite só capta focos maiores de fogo, que são mais comuns no interior do estado.
“Porém, os pequenos focos de queimadas urbanas e arredores também produzem muita fumaça. Outra coisa importante é levar em consideração o tamanho do território do município. Figueiredo é muito maior que Manaus e, no acumulado do ano, temos menos focos detectados”.
Outro ponto que Schwade levanta para corroborar sua defesa de Presidente Figueiredo é o vento e a localização dos territórios. O município fica ao norte de Manaus, a mais de 100 quilômetros.
“O vento predominante na nossa região é no sentido leste para oeste e Presidente Figueiredo está a norte de Manaus e com fronteira definida pelo rio Urubu. Ou seja, o território de Figueiredo se inicia cem quilômetros de distância do centro de Manaus. De modo que existe maior chance da fumaça de Figueiredo atingir Barcelos do que Manaus”.
Confira nos gráficos:
Foto: BNC Amazonas