Mais de 88 mil unidades de ovos sem rotulagem e acondicionados em caixas de estabelecimentos em situação regular junto à Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf).
Trata-se de prática que configura fraude. Além disso, houve a apreensão de 900 litros de agrotóxicos transportados de forma inadequada, na manhã desta quinta-feira (16).
Dessa forma, os fiscais da Adaf identificaram a carga durante uma barreira volante de vigilância agropecuária instalada na rodovia estadual AM-10.
A apreensão de ovos envolve dois estabelecimentos distintos.
Um deles possui Serviço de Inspeção Estadual (SIE-AM), mas estava transportando os ovos em cartelas sem rotulagem obrigatória.
Já o outro empreendimento atua de forma clandestina no Amazonas e reutilizava caixas de estabelecimentos regulares para tentar dar credibilidade a seus produtos.
Segundo o fiscal agropecuário e médico veterinário da Gerência de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Adaf, Aldemir Gonçalo, os ovos estavam sendo transportados em um caminhão e uma van e não tinha nota fiscal.
A Adaf tem o papel de garantir a identidade e a segurança higiênico-sanitária dos alimentos que chegam à mesa dos consumidores. Por trás de cada selo de inspeção, seja ele municipal, estadual ou federal, existe o trabalho da fiscalização. São ações de rotina e análises laboratoriais para garantir à sociedade segurança alimentar .
Além da apreensão da carga de ovos, a Adaf autuou os responsáveis pelos produtos irregulares.
A expectativa é que, após a realização de análises laboratoriais, para descartar o risco da presença da bactéria salmonella, os ovos sejam doados ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), antigo programa Inspeção.
Por meio da Gipoa, a Adaf avalia a estrutura adequada para a manipulação de produtos de origem animal, o fluxo correto dentro dos empreendimentos, a higiene dos funcionários, a limpeza nas instalações e equipamentos, até a qualidade dos produtos finais.
A autarquia faz um alerta para que os consumidores fiquem atentos às características dos produtos inspecionados, como a presença do rótulo contendo todas as informações referentes ao alimento, e o Selo de Inspeção.
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Agrotóxicos
Assim, a Adaf flagrou também o transporte inadequado de 900 litros de agrotóxicos.
Segundo o fiscal agropecuário engenheiro agrônomo da Gerência de Fiscalização de Agrotóxicos (GFA) da autarquia, Michaell da Silva Santos, o trânsito dos defensivos estava acontecendo sem nota fiscal do produto e de Receituário Agronômico (documento que detalha as recomendações técnicas necessárias para o uso correto do produto), e dividindo espaço com gêneros alimentícios, em um caminhão.
“O responsável pela carga foi advertido, e após apresentar a nota fiscal e o receituário agronômico, assim como fazer o transbordo dos alimentos do veículo, ele pôde seguir viagem”.
Foto: divulgação/Secom