A superintendência do Ibama no Amazonas afirmou neste dia 13 que equipe de analistas da diretoria de licenciamento ambiental realizou uma vistoria de acompanhamento das obras de implantação do linhão de energia elétrica entre Manaus e Boa Vista (RR).
Conforme o órgão, a linha de transmissão de 721 quilômetros vai integrar o estado de Roraima ao sistema interligado nacional.
O projeto tem aprovação ambiental e licença de instalação (1.400/2021) válida até setembro de 2027.
Conforme o Ibama, os fiscais acompanharam a derrubada de floresta nativa como previsto no licenciamento ambiental, com medidas de prevenção e mitigação de impactos.
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De acordo os agentes, a fiscalização incluiu quatro cavernas, chamadas de cavidades naturais subterrâneas, encontradas pelos trabalhadores do linhão.
Como não constavam antes no projeto original de licenciamento, o Ibama vai avaliar se essas cavernas devem ser alvos de medidas adicionais de proteção.
Projeto desafiador
O empreendimento enfrenta desafios significativos no processo de licenciamento ambiental, especialmente devido à sua localização na região Amazônica e à sua interferência em áreas com regime especial de proteção, como a Terra Indígena (TI) Waimiri Atroari.
O traçado aprovado pelo Ibama foi planejado de maneira a buscar o paralelismo com a Rodovia BR-174, com o objetivo de evitar a abertura de novos acessos e a criação de frentes adicionais de desmatamento na região.
Dada a complexidade desses desafios e a importância do projeto para a sustentabilidade do setor elétrico brasileiro, assim como para a população de Roraima, estão agendadas novas vistorias.
Essas inspeções adicionais têm como propósito assegurar uma gestão ambiental eficaz, em conformidade com a legislação ambiental vigente, e o cumprimento das condicionantes estabelecidas na licença emitida pelo Ibama.
Esse processo reitera o compromisso em equilibrar o desenvolvimento de infraestrutura com a preservação ambiental, buscando medidas que minimizem os impactos e garantam a sustentabilidade a longo prazo.
A realização de vistorias adicionais reflete o esforço contínuo para atender às exigências legais e promover a coexistência harmoniosa entre o progresso e a preservação ambiental na região.
Foto: divulgação/Ibama