Um dos mais requisitados analistas de cenário industrial do país, Jorge Nascimento Júnior, presidente da Eletros, já indica o norte que o Amazonas tem seguir, após a aprovação da reforma tributária.
Agora, todos estados vão trabalhar na melhoria das suas estruturas de armazenagem de mercadorias e transporte. Para a Zona Franca de Manaus, armazenagem não fará tanta diferença. Porém, para o Amazonas, ainda mais importante, serão os investimentos em logística de transporte , disse Jorge Júnior.
Nesse sentido, ele comenta que o Amazonas precisa dar prioridade ao balizamento dos rios e à dragagem constante das hidrovias. O serviço, observa, tornou-se atenção máxima depois da seca severa deste ano.
A BR-319 tem que sair do discurso. Tem que ser pavimentada, sim, não porque vai ser o principal centro de entrada e saída de insumos e produtos acabados. Mas para ter um alternativa, para não ficar dependendo exclusivamente dos rios , acrescentou.
Jorge Nascimento Júnior defende esses investimento já vislumbrando o cenário de crescimento do país criado pela reforma tributária.
Nesse cenário, acrescenta, com a reforma, o governo acabou com a guerra fiscal entre os estados.
“Independente de onde esteja instalada a empresa, os impostos serão os mesmos e não haverá mais políticas de incentivos fiscais”, explicou o dirigente da entidade.
No caso da ZFM, explica, ela terá a manutenção das suas vantagens comparativas baseadas no IPI, mas é ainda mais necessário dotar a região com outros diferenciais de competitividade.
Diante disso, o investidor, em suas análises para a escolha do melhor local para instalar seus negócios, dará prioridade a outros fatores como a infraestrutura de transporte e a de armazenagem. E no caso do Amazonas muito ainda precisa ser feito.
“O Amazonas hoje tem uma infraestrutura em logística de transporte das menos favorecidas do país. Ou mudamos essa realidade ou poderemos perder negócios existentes e não atrair novos”, alertou.
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Foto: reprodução/Eletros