Amazônia: facções, milícias e piratas em disputa nos rios da região
As condições geográficas do Amazonas facilitam a ação do narcotráfico pelas águas.

Ednilson Maciel, da redação do BNC Amazonas
Publicado em: 03/01/2024 às 06:39 | Atualizado em: 03/01/2024 às 10:11
Para vender drogas e armas, em uma rota do rio Solimões (AM) ao Porto de Barcarena (PA), facções, milícias e piratas disputam o controle de um “labirinto de rios” nos dois maiores estados da Amazônia.
Conforme reportagem do Uol, o rio Solimões é a principal rota para o escoamento das drogas até o porto de Barcarena, no Pará.
Dessa maneira, as condições geográficas do Amazonas facilitam a ação do narcotráfico pelas águas.
Assim, nos 1.700 km de extensão do Solimões, Comando Vermelho, PCC, piratas e milícias promovem uma disputa em um “labirinto de rios” por drogas e armas.
Por exemplo, é o equivalente à distância por estrada entre São Paulo e a fronteira entre Brasil e Uruguai.
Segundo a publicação, os rios Javari, Japurá, Içá, Negro e Envira também têm sido usados para transportar drogas e armamentos até o porto de Barcarena.
De lá, as toneladas de drogas seguem para países europeus, africanos e asiáticos, indicam fontes no Ministério Público e na Polícia Civil.
Ainda de acordo com a reportagem, as rotas do Javari e Japurá já são consideradas as mais importantes depois do trajeto pelo Solimões.
Dessa forma, grupos brasileiros, peruanos, colombianos atuam nesses rios, indicam fontes na Polícia Civil e no Ministério Público.
Assim, o deslocamento por rio entre a capital paraense Belém e a capital amazonense Manaus é apontado pela Polícia Civil como “estratégico” para o tráfico de drogas.
Nesse sentido, em alguns casos, as drogas são escondidas em cargas de peixe, açaí ou até entre equipamentos eletrônicos para despistar as fiscalizações.
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Confrontos
Em suma, os maiores confrontos nos rios amazônicos ocorrem entre PCC e Comando Vermelho. A capital amazonense Manaus é o principal alvo da disputa.
Além disso, também ocorrem confrontos em Coari, Tefé e Itacoatiara em áreas onde há um interesse crescente da facção paulista na disputa pelo controle territorial.
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Foto: reprodução/vídeo