‘Deputado abusou da autoridade e humilhou policiais’, diz secretário de Segurança

O secretário de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), coronel PM Marcos Vinícius de Almeida, afirmou que o deputado federal Amom Mandel (Cidadania) reagiu com abuso de autoridade a abordagem de guarnição da Polícia Militar/Rocam na zona leste de Manaus, na noite do dia 4, quinta-feira.

Além disso, Mandel teria humilhado os policiais militares enquanto resistía em ser abordado.

A ocorrência se deu na estreia da operação Impacto, lançada pelo Governo do Estado para acontecer em toda a cidade.

Segundo o secretário, a guarnição teria agido dentro dos procedimentos previstos em situações de abordagem policial.

Conforme o chefe da SSP, a abordagem foi feita porque o carro estava com as luzes externas completamente apagadas. Ademais, usava película 100%, que impedía a identificação dos ocupantes do veículo que mudava de faixa seguidamente.

Dessa forma, foi só quando o veículo parou que foi possível perceber a presença de Mandel.

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Marcos Vinícius afirmou que os policiais realizaram uma abordagem dentro dos padrões, mas o parlamentar teria ficado exaltado com o procedimento e “dado voz de prisão” à guarnição, o que desencadeou a situação que está se desenrolando até o momento.

O secretário afirmou que houve tentativa de entendimento, mas o deputado estava completamente intransigente.

O caso gerou um inquérito policial que está sendo averiguado pela Polícia Civil.

O deputado federal Amom Mandel denunciou coação e disse que foi alvo de ameaças por parte da Polícia Militar. Em um Boletim de Ocorrência registrado na Polícia Federal, Mandel afirmou que os policiais o abordaram de forma truculenta e que, ao serem questionados sobre o motivo do tratamento, os agentes “retrucaram, ironizaram e perguntaram” se ele queria falar com o comandante-geral da PM.

Mandel também disse que estranhou o fato de um oficial presente no local ligar para integrantes do alto comando da PM. Ele disse que, em razão disso, acionou o secretário de Segurança Pública e pediu providências imediatas.

Foto: BNC Amazonas