Cheia do rio Negro já se assemelha à recorde de 2021

Em recuperação acentuada, a água já se aproxima do paredão do porto de Manaus

Pelo segundo dia seguido, rio Negro para de descer

Neuton Corrêa, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 19/01/2024 às 09:42 | Atualizado em: 19/01/2024 às 09:43

O movimento da cheia do rio Negro neste começo de ano se aproxima, e muito, da enchente de 2021.

Naquele ano, o rio bateu o recorde de enchente, chegando ao nível de 30,2 metros em relação ao nível do mar.

Para se ter ideia, as cotas diárias de cheia destes primeiros dias de janeiro estão muito abaixo do movimento do mesmo período de 2022 e 2023.

Em janeiro de 2022, até o dia 19, o rio Negro subiu apenas 71 centímetros. Em 2023, 96.

No entanto, em 2021, ano da grande cheia, no período de 19 dias de janeiro, o rio subiu 2,22 metros.

Agora, o Negro escalou 2,1 metros, na cota de hoje (19).

Leia mais

Rio Negro firma na cheia, praia da Ponta Negra é liberada

Seca histórica

A diferença para 2021 é que agora o rio ainda se recupera da seca histórica e recorde de 2023. O rio Negro baixou ao nível de 12,7 metros, nunca atingido em pouco mais de um século de medição.

Contudo, o rio já descontou a diferença, se aproximando, portanto, do volume de água que tinha em 19 de janeiro de 2021.

Nesse dia, o rio registrava um nível de 23,3 metros. Neste ano, tem 20,6 metros. Ou seja, abaixo apenas 2,6 metros.

Se continuar na mesma balada de 2021, o rio poderá ter uma cheia na média ou pouco acima da média das enchentes.

Foto: Ronaldo Siqueira/especial para o BNC Amazonas