AmazĂ´nia: STF quer criaĂ§Ă£o de crĂ©dito para combate ao desmatamento
O JudiciĂ¡rio deve acompanhar o monitoramento das metas traçadas pelo Executivo.

Da RedaĂ§Ă£o do BNC Amazonas
Publicado em: 15/03/2024 Ă s 07:02 | Atualizado em: 15/03/2024 Ă s 07:02
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou ontem (14) a criaĂ§Ă£o de um plano de aĂ§Ă£o para a preservaĂ§Ă£o e combate ao desmatamento na AmazĂ´nia Legal.
A Corte, no entanto, deixou de reconhecer o estado de coisas inconstitucional, que estabelece a intervenĂ§Ă£o do JudiciĂ¡rio no tema. A informaĂ§Ă£o Ă© do Poder360.
Da mesma forma, os ministros estabeleceram a abertura de crĂ©ditos extraordinĂ¡rios ao Orçamento e a notificaĂ§Ă£o do Congresso sobre a decisĂ£o.
Conforme a publicaĂ§Ă£o, o objetivo Ă© garantir recursos necessĂ¡rios para o cumprimento das metas.
Dessa forma, o STF determina ao governo a reduĂ§Ă£o do desmatamento em 70% atĂ© 2027 e em 100% atĂ© 2030 no territĂ³rio da AmazĂ´nia Legal.
Contudo, os ministros, divergiram sobre o reconhecimento do estado de coisas inconstitucional estabelecido pela relatora, ministra CĂ¡rmen LĂºcia.
Assim, o placar ficou em 8 a 3 contra a declaraĂ§Ă£o da inconstitucionalidade da polĂtica ambiental brasileira.
AtuaĂ§Ă£o do STF
Sobretudo, o reconhecimento do termo pela Corte em tese resulta em uma atuaĂ§Ă£o do STF como uma espĂ©cie de legislador em matĂ©ria ambiental, determinando a formalizaĂ§Ă£o de polĂticas pĂºblicas, sugerindo modificações legislativas e fiscalizando a atuaĂ§Ă£o do poder pĂºblico – o que foi determinado no julgamento, mesmo sem o reconhecimento da inconstitucionalidade.
Metas
EntĂ£o, as ações julgadas pelo STF pedem para a UniĂ£o cumprir as metas climĂ¡ticas assumidas internacionalmente pelo Brasil.
AlĂ©m disso, pede a responsabilizaĂ§Ă£o do governo federal –durante o governo Bolsonaro– por supostas omissões no combate ao desmatamento da AmazĂ´nia. Foram ajuizadas por Rede, PSB, PV, PT, Psol, PC do B e PDT.
A princĂpio, em 2023, o governo retomou o Plano de AĂ§Ă£o para PrevenĂ§Ă£o e Controle do Desmatamento na AmazĂ´nia Legal, extinto em 2019, pela gestĂ£o Bolsonaro.
Agora, com o julgamento desta quinta-feira, o JudiciĂ¡rio deve acompanhar o monitoramento das metas traçadas pelo Executivo.
Assim sendo, a criaĂ§Ă£o de crĂ©ditos extraordinĂ¡rios com vedaĂ§Ă£o de contingenciamento foi adotada para garantir que o governo tenha recursos suficientes para executar as medidas.
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Foto: FĂ¡bio Rodrigues Pozzebom/AgĂªncia brasil