Amazônia: o que há entre golfinho gigante e botos do rio Amazonas
Descoberta de espécie de há 16 milhões de anos ajuda a remontar evolução das espécies na bacia amazônica

Publicado em: 29/03/2024 às 19:16 | Atualizado em: 29/03/2024 às 19:50
Uma equipe de paleontólogos da Universidade de Zurique revelou uma nova espécie de golfinho de água doce na Amazônia peruana, o ‘Pebanista yacuruna’. A descoberta redefine parte da história dos mamíferos aquáticos.
Com dimensões notáveis, podendo ultrapassar os 3 metros, e uma idade estimada em 16 milhões de anos, o Pebanista, batizado em homenagem a um mítico povo aquático da bacia amazônica, aparece como uma figura curiosa dos antigos rios da floresta.
Os golfinhos fluviais são espécies raras e ameaçadas, tornando esta descoberta ainda mais extraordinária.
Mais notável ainda é o fato de que, embora extinto há milhares de anos, o animal ainda mantém relações de parentesco com espécies distantes, e não apenas temporalmente. Seus parentes mais próximos podem ser encontrados hoje apenas nas águas tropicais do sul da Ásia.
A descoberta do Pebanista não é apenas uma revelação sobre um mamífero pré-histórico, mas também oferece informações valiosas sobre a evolução e adaptação dos golfinhos de água doce.
Surpreendentemente, seus parentes mais próximos não são os botos da Amazônia, como se poderia esperar, mas sim os golfinhos do sul da Ásia (do gênero Platanista).
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Foto: Jaime Bran/reprodução/Veja