Amazônia: patrimônio da borracha é hoje só ‘cemitério de locomotivas’
Trens pararam sobre os trilhos com o fim da era em que os seringais puxavam a economia.

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 10/04/2024 às 12:48 | Atualizado em: 10/04/2024 às 22:56
Inaugurada em 1° de agosto de 1912, a Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM) hoje é conhecida como ‘cemitério das locomotivas’, em Porto Velho, antes, patrimônio da borracha.
É que alguns veículos e vagões da EFMM estão abandonados há mais de 50 anos nos trilhos da ferrovia.
Sobretudo, a ferrovia marcou a fundação da capital de Rondônia. Desse modo, tinha como objetivo o transporte do principal produto de exportação brasileiro da época: a borracha. Como informa o g1.
O historiador e professor Célio Leandro relata que, após a desativação da EFMM na década de 70, cerca de nove locomotivas foram deixadas nos trilhos que ligavam Porto Velho a Guajará-Mirim.
Nesse sentido, o local é próximo do atual ‘cemitério da Candelária’.
Ainda segundo a publicação, além dessas, outros veículos do trem foram restaurados. Eles estão localizados no Complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Localiza-se no espaço alternativo da cidade e nas proximidades do Museu Rondon.
Dessa forma, de acordo com Jorge Teles, presidente da Associação dos Ferroviários da EFMM, desde a desativação da ferrovia, há mais de 50 anos, as estruturas se deterioraram e acabaram sendo abandonadas e tomadas pelo matagal.
Ainda de acordo com ele, a Associação não tem o quantitativo de máquinas e peças dos veículos que foram deixadas pela malha ferroviária.
Ele destacou, portanto, que a Associação entrou com um pedido de tombamento de preservação e agora, aguarda o retorno.
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Foto: reprodução/vídeo