A Polícia Federal (PF) está conduzindo uma investigação para determinar se os corpos encontrados dentro de um barco no litoral do Pará, no sábado (13/4), são de vítimas estrangeiras.
A suspeita inicial é de que não sejam brasileiros, e sim pessoas possivelmente oriundas do Caribe, mas a identificação precisa demanda um rigoroso trabalho de perícia.
Uma equipe de seis peritos, enviados de Brasília, juntamente com integrantes do Instituto Nacional de Criminalística (INC), está trabalhando no local desde o sábado.
Outros médicos foram mobilizados para reforçar a equipe no domingo (14/4).
O protocolo internacional de Identificação de Vítimas de Desastres (DVI), utilizado pela Interpol, está sendo aplicado para garantir a identificação precisa e digna das vítimas, além de permitir que suas famílias recebam os corpos para realizarem os ritos fúnebres adequados.
Os peritos estão realizando análises de DNA e confrontando os resultados com o banco nacional de perfis genéticos para determinar a identidade das vítimas e verificar se são brasileiras ou estrangeiras.
A descoberta dos corpos dentro do barco apresenta desafios adicionais devido às condições de decomposição e às mutilações.
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A PF está trabalhando para reunir partes dos corpos e determinar o número exato de vítimas. As primeiras informações sugerem que podem ser até 20 pessoas mortas a bordo.
O barco foi encontrado à deriva no litoral de Bragança, cidade nordeste paraense, com relatos de pescadores sobre o estado avançado de decomposição dos corpos.
O Ministério Público Federal (MPF) também está envolvido no caso, com a abertura de duas investigações, uma na área criminal e outra na área cível, pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, visando a defesa dos direitos humanos.
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Foto: reprodução