Em Manaus, 16 tabacarias são alvos da PF por vender cigarro eletrônico

Operação Vapor Digital combate contrabando e lavagem de dinheiro em Manaus, resultando em diversas apreensões e suspensão de atividades comerciais ilegais.

Publicado em: 28/05/2024 às 10:11 | Atualizado em: 28/05/2024 às 10:12

A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal (RF), em ação conjunta covm a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), deflagraram na terça-feira (28/5), a Operação Vapor Digital. O objetivo é combater crimes de contrabando, falsidade documental, uso de documento falso, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e organização criminosa. A operação mobiliza 110 Policiais Federais e 60 servidores da Receita Federal, além de 47 viaturas, cumprindo 27 mandados de busca e apreensão em locais estratégicos identificados durante as investigações em Manaus.

Além dos mandados de busca, houve a suspensão judicial das atividades econômicas dos estabelecimentos envolvidos na venda de material ilícito e o bloqueio de perfis de redes sociais utilizados para essas atividades.

Investigação

A investigação teve início em fevereiro de 2024, após três apreensões realizadas pela Receita Federal nos Correios e em empresas de transporte aéreo, resultando na apreensão de mais de 7.500 cigarros eletrônicos. Esses produtos eram destinados a pessoas físicas, jurídicas e distribuidoras em Manaus.

Por meio de diligências realizadas pela Polícia Federal e pela Receita Federal, foram identificados 11 suspeitos e 16 estabelecimentos comerciais, principalmente tabacarias, como pontos de venda do produto ilícito, tanto na cidade quanto nas redes sociais.

Os cigarros eletrônicos são proibidos no Brasil, e a ANVISA recentemente manteve a proibição de importação, divulgação e venda desses produtos por meio da RDC nº 855/2024.

A investigação revelou a falsificação de documentos, especialmente notas fiscais, para enganar as autoridades.

Um dos casos envolveu uma distribuidora que tentou introduzir os produtos na cidade usando notas fiscais de capas de telefones celulares.

Além disso, alguns proprietários dos estabelecimentos movimentaram grandes quantias de dinheiro em espécie em um curto período.

Além dos cigarros eletrônicos, os suspeitos também são investigados por vender outros produtos fumígenos ilegais, como cigarros importados e fumo para narguilé sem autorização da ANVISA.

As medidas cautelares de busca e apreensão visam principalmente retirar os produtos ilícitos de circulação e obter elementos que comprovem os crimes investigados, além de aprofundar a investigação sobre o destino dos recursos financeiros envolvidos.

Durante as buscas, foram apreendidos armas de fogo, munição, drogas, cigarros eletrônicos e uma alta quantia em dinheiro.

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Foto: Divulgação PF