As cartas, jogadores, treinadores e estratégias agora estão à mesa
Veja o jogo político que está sendo jogado e como ficam os candidatos após as convenções
Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 05/08/2024 às 07:22 | Atualizado em: 05/08/2024 às 07:22
O fim do prazo das convenções que oficializaram candidaturas à Prefeitura de Manaus pôs à mesa cartas, jogadores e personagens que costumam aparecer nas grandes decisões.
Tabuleiro
Por exemplo, em Manaus, é possível observar os líderes que operaram no tabuleiro. Todos eles mexendo as peças em 2024, de olho em 2026.
Treinadores
Nesse sentido, fica claro o desenho de uma polarização.
De um lado, os senadores Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB). De outro, o governador Wilson Lima (União).
Wilson, ao lançar Roberto Cidade (União), mostra o desejo de fundar um novo grupo político no estado. Pode, quem sabe, estar pensando numa nova escola política.
Isso porque nem eleito (2018) nem reeleito (2022), buscou alinhamento com Omar e Braga. Em 2024, mantém a distância.
Esses dois caciques querem o que Wilson Lima quer em 2026, eleger um sucessor de seu grupo e a vaga de senador. Isso pode lhe garantir vida longa no cenário político do Amazonas.
No entanto, Omar Aziz está há dez anos sem a caneta mais poderosa do estado.
Por sua vez, Braga, que já tentou ser governador de novo, mas esbarra em altíssima rejeição, vai tentar se manter no Senado.
Apesar disso, eles resolveram apoiar a reeleição do prefeito David Almeida (Avante), que também sonha ser governador. O prefeito já sentou na cadeira de governador, mas interinamente. Ficou no posto apenas 149 dias. Ele quer um mandato, quatro anos, ou 1.460 dias.
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Flertes
Ainda que sejam padrinhos de duas chapas, os três, Wilson, Omar e Braga, flertam e acenam para outras.
Na semana passada, em entrevista à rádio Difusora, Omar Aziz disse que é amigo de todos e a todos fez elogios.
Wilson só não quer aproximação política com David.
Os jogadores
As convenções também revelaram o recurso que cada jogador terá a seu favor.
Roberto Cidade
O candidato do governador chega com dois recursos fundamentais no jogo: a força de duas máquinas que lhe apoiam e tempo de campanha na TV.
Assim sendo, ele terá a ajuda da maior máquina pública do estado, o Executivo, e outro poder, do qual é presidente, o Legislativo.
Mas ele sai as convenções com maior tempo de campanha. Cidade terá quase 15 minutos diários. Esse tempo é o dobro do que conseguiu David Almeida.
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David Almeida
David Almeida também tem uma máquina poderosa, a Prefeitura de Manaus. Ela garante a penetração da imagem do prefeito em todas as zonas da capital.
O tempo de campanha de David Almeida será de quase sete minutos e meio.
Marcelo Ramos
Marcelo Ramos não tem prefeitura nem governo estadual, mas tempo a força da máquina federal.
Esse peso funcionou a ser favor na formação de sua chapa. Por exemplo, Lula e o Planalto agiram para que o petista tivesse o PDT e a federação Rede/Psol.
Integrantes e base do governo Lula, esses três partidos levaram quase três minutos de tempo de TV para Marcelo Ramos.
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Alberto Neto
O deputado federal Capitão Alberto Neto (PL) aposta todas as fichas que o raio que atingiu Manaus em 2018 e 2022 cairá em 2024, outra vez, na cidade.
Tratam-se dos fenômenos: direita e Bolsonaro. Na última eleição, na capital, o ex-presidente venceu a disputa com Lula. Aqui, ele teve mais de 61% dos votos (692.580), no segundo turno.
Alberto Neto fez aliança com um partido de direita, o Novo, de onde saiu sua vice, Maria do Carmo.
Com essa composição, PL/Novo, Alberto Neto terá o terceiro maior tempo de campanha: 7,58 minutos.
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Amom Mandel
O deputado federal Amom Mandel também não tem apoio de máquinas públicas. Mas, durante toda a pré-campanha, sempre esteve colado em David Almeida, segundo as pesquisas.
Mas Amom domina com facilidade o que é custoso para seus adversários, a linguagem Tik Tok.
Amom terá 1,33 minuto de propaganda na TV. É um tempo pequeno em relação ao de seus oponentes. No entanto, é uma eternidade, quando se compara com o tempo de TV que ele teve em 2022.
Naquele pleito, candidato a deputado federal, ele tinha apenas 1 segundo de propaganda. Apesar disso, ele foi o mais voto do Amazonas e, proporcionalmente, do país.
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Arte: Gilmal