Queimadas aumentam 112% e fumaça já adoece no sul do Amazonas
Relatório do Inpe indica que os focos de calor têm afetado diretamente a saúde da população de Lábrea, que respira péssima qualidade do ar
Mariane Veiga
Publicado em: 06/08/2024 às 20:44 | Atualizado em: 06/08/2024 às 21:24
Os municípios do sul do Amazonas enfrentam um aumento significativo nas queimadas em meio à estiagem que atinge o estado e que, segundo o governo, deve ser mais severa do que a registrada em 2023.
Em Lábrea, por exemplo, os focos de calor têm impactado diretamente na saúde da população, que reclama da péssima qualidade do ar.
Conforme dados do Programa de BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Amazonas registrou, de 1º de janeiro até esta terça-feira (6), 6.173 focos de calor, enquanto no ano passado, no mesmo período, o estado contabilizou 2.902 queimadas, um aumento de 112%.
A tendência é que esse aumento continue durante o intenso calor do verão amazônico, que já atinge a região.
O professor Henrique Lopes, morador de Lábrea, conta que já tem feito o uso de máscara para evitar complicações respiratórias.
“Sempre que chega essa época de verão aqui na região eu preciso ficar usando máscara, como nesse momento que estou fora de casa por conta das constantes queimadas”, explica.
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente de Lábrea, os trabalhos de conscientização da população foram intensificados e a pasta está atuando em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) e brigadistas no combate aos incêndios registrados na região.
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Foto: Marizilda Cruppe/Greenpeace