Operação prende mais de 50 e destrói 28 pistas em terra ianomâmi

Também foram apreendidos 71 mil litros de combustível, 44 armamentos, 26 antenas e 643m³ de madeira

Ferreira Gabriel

Publicado em: 09/08/2024 às 12:31 | Atualizado em: 09/08/2024 às 12:31

Em julho, a Operação Catrimani II efetuou mais de 50 prisões e destruiu 28 pistas clandestinas, 16 aeronaves, 35 embarcações, 499 motores e 187 acampamentos do garimpo ilegal atuando na terra indígena ianomâmi, localizada nos estados do Amazonas e Roraima.

O balanço do comando operacional foi divulgado nesta quinta-feira (8) pela Força Aérea Brasileira (FAB).

Entre os itens apreendidos estavam 71 mil litros de combustível, 44 armamentos, 26 antenas e 643m³ de madeira.

Todas as atividades foram coordenadas a partir da Casa de Governo com sede em Boa Vista (RR).

Além da FAB, apoiaram as ações o Exército, Marinha e a Força Nacional de Segurança.

As ações foram desenvolvidas pela Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Na primeira semana de julho, as tropas de engenharia da Força Terrestre Componente do Comando Conjunto Catrimani II destruíram 11 pistas usadas por aeronaves do garimpo ilegal na região de Campos Novos, em ação coordenada com o Ibama.

Outra ação, em conjunto com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), resultou na destruição de uma aeronave do garimpo ilegal na região de Mucajaí. Para isso, foram utilizados helicópteros da PRF e do Exército para transporte dos agentes.

Também foram fechados dois garimpos ilegais na região de Waikás, próximo ao rio Uraricoera, onde foram apreendidas 1,2 toneladas de cassiterita e diversos equipamentos.

“A Operação Catrimani II destaca a importância da coordenação entre as Forças Armadas, a Casa de Governo e diversas Agências de Segurança Pública no combate ao garimpo ilegal e atividades ilícitas, promovendo a proteção do meio ambiente e dos direitos dos povos indígenas, além de fortalecer a presença do Estado na região”, diz nota da FAB.
“A atuação conjunta beneficia a sociedade ao preservar os recursos naturais e garantir a segurança das comunidades indígenas, contribuindo para a sustentabilidade da Amazônia”, completa.

Ações humanitárias e de assistência hospitalar para os povos indígenas e comunidades ribeirinhas também fizeram parte das ações na terra indígena.

Os navios de assistência hospitalar “Doutor. Montenegro” e “Soares de Meirelles” realizaram 1.152 atendimentos médicos e distribuíram 60 mil tipos de medicamentos.

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Foto: Divulgação