US$ 225 milhões é valor de título do Banco Mundial com marca Amazônia

Título oferece retorno financeiro ligado ao reflorestamento da Amazônia, promovendo a remoção de carbono da atmosfera.

Diamantino Junior

Publicado em: 14/08/2024 às 09:51 | Atualizado em: 14/08/2024 às 09:51

O Banco Mundial anunciou nesta terça-feira (13/8), a precificação de um título financeiro inovador, vinculado ao reflorestamento da Amazônia, no valor de US$ 225 milhões. Este título, que é o maior já precificado pela instituição, oferece aos investidores uma combinação de retornos fixos garantidos e um componente variável, diretamente ligado à geração de Unidades de Remoção de Carbono (CRUs) de projetos de reflorestamento nas regiões amazônicas do Brasil.

Este novo título se destaca por ser o primeiro a vincular o retorno financeiro dos investidores à remoção efetiva de carbono da atmosfera, diferenciando-se de transações anteriores, que estavam atreladas à venda de créditos de carbono baseados em emissões evitadas.

Isso marca uma mudança significativa no enfoque das finanças verdes, ao não apenas promover a preservação florestal, mas também incentivar ativamente o reflorestamento da Amazônia.

A iniciativa reflete um movimento crescente de recuperação da floresta amazônica, com o foco não apenas em combater o desmatamento, mas em restaurar as áreas degradadas com espécies nativas, garantindo a biodiversidade e a captura sustentável de carbono.

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Este processo de reflorestamento é visto como um bom negócio, já que a árvore replantada, ao crescer, captura carbono da atmosfera, transformando-o em um ativo valioso que pode ser comercializado.

Para investidores e leigos em economia verde, este título é mais do que um simples instrumento financeiro; é um compromisso com o futuro da Amazônia e com a sustentabilidade global.

Ao apoiar este título, investidores internacionais estão contribuindo para a restauração de uma das regiões mais críticas do planeta, enquanto também buscam retorno financeiro.

O lançamento deste título pelo Banco Mundial sinaliza um avanço significativo na integração de práticas financeiras sustentáveis com a preservação ambiental, demonstrando que o reflorestamento da Amazônia pode ser não apenas viável, mas também lucrativo para os investidores.

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Foto: divulgação