Estado atendeu 126,8 mil pacientes que seriam da rede básica de Manaus
É o que afirma a SES-AM em balanço de atendimentos de janeiro a julho

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 15/08/2024 às 22:49 | Atualizado em: 15/08/2024 às 22:56
A rede de saúde do Amazonas realizou o atendimento de 308.316 pacientes em Manaus de janeiro a julho deste ano. Desses, 126.872 (41,15%) eram casos de baixa complexidade, portanto, da atenção básica de responsabilidade da saúde do município.
Entre esses casos estão, por exemplo, amigdalite, gastroenterite, resfriado, controle da pressão arterial e glicemia.
Conforme o Ministério da Saúde, esses são problemas que devem ser tratados nas unidades da atenção primária, como as UBS.
Dessa maneira, a busca de atendimento nas unidades de urgência e emergência do estado é sinal de que há falhas na atenção básica municipal.
Essas são conclusões de balanço da Secretaria de Saúde (SES-AM) divulgado neste dia 15 de agosto. Os dados revelam os atendimentos realizados nos hospitais e prontos-socorros infantis e adultos da rede estadual na capital.
A secretária de Saúde, Nayara Maksoud, afirmou que continua alto o número de casos da atenção básica que está sendo resolvido pelo estado.
De acordo com ela, é nítido o grande número de casos de doenças preveníveis ou que, quando tratadas, não evoluem para situações graves e de internação na rede estadual.
“Essa análise é importante para que não haja sobrecarga na estrutura de urgência e emergência do estado”.
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Sobrecarga
De janeiro a julho deste ano, segundo ela, os seis hospitais e prontos-socorros em Manaus realizaram 308.316 atendimentos.
Desses, 172.057 foram nos hospitais 28 de Agosto, João Lúcio e Platão Araújo e 136.059 nos hospitais infantis das zonas leste, sul e oeste).
Conforme a SES, os casos da atenção primária de adultos foram de 40.826 (23,72%).
Nas unidades infantis, esse universo de responsabilidade da saúde do município é maior: 86.050 (52,7%).
Embora afirme que ninguém fica sem atendimento, Nayara
ressalva que o município deve analisar esses dados para que o sistema de urgência e emergência possa, de fato, se dedicar ao seu objetivo.
“Quando os hospitais passam a receber um grande volume de pessoas que poderia ser atendido nas UBS, há um impacto no atendimento, com sobrecarga das equipes”.
A agilidade no diagnóstico, com resultado de exames entregues sem demora, é apontado pela secretária como um fator a explicar essa alta procura da população pelos hospitais e prontos-socorros.
“Todo esse cenário reforça a necessidade de repensar a organização de equipamentos de saúde da rede de atenção primária, dispondo, por exemplo, de exames laboratoriais e de imagem, sendo realizados e com resultados entregues com maior brevidade, além do funcionamento em horários alternativos de maior demanda nos hospitais e prontos-socorros”.
Foto: divulgação/Secom