Amazônia: o plano de crédito de carbono que envolve sócio da BTG Pactual

Startup foi criada para criar portfólio de terras e negociar na bolsa de valores. Propriedades já estão sendo compradas.

Amazônia: o plano de crédito de carbono que envolve sócio da BTG Pactual

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 27/08/2024 às 13:15 | Atualizado em: 27/08/2024 às 13:15

O plano de crédito de carbono da Amazônia envolve a Systemica, empresa que é sócia da BTG Pactual, para entrar no mercado de créditos de carbono, em bolsa canadense.

Dessa forma, fundadores da Doma montou um portfólio de propriedades na Amazônia, utilizando uma maneira pouco usual, com atividades de preservação da floresta.

Segundo o site Reset, o financiamento para a compra das terras também é único no país.

Assim, a Doma vai abrir o capital em uma bolsa canadense no final deste ano, por meio de uma fusão com uma capital pool money (CPC), empresa “cheque em branco” semelhante às SPACs americanas.

Segundo a publicação, a companhia deve levantar R$ 8 milhões na operação, o que servirá de pontapé inicial no plano de aumentar seu território.

Por exemplo, hoje, a Doma tem duas propriedades no Acre, totalizando 30 mil hectares. A meta é chegar a 200 mil em até três anos.

Trata-se de projetos que geram carbono evitando o desmatamento são realizados tipicamente em terras que pertencem a indivíduos.

Dessa maneira, uma das etapas mais difíceis e caras desses empreendimentos é a investigação da titularidade da terra.

O foco da empresa é seguir adquirindo propriedades no Estado, que foi incorporado ao Brasil em 1903.

“Conseguimos a cadeia dominial completa [das terras] desde então. Isso garante uma documentação sólida”, diz Eduardo Portella, co-fundador e COO da Doma.

Assim sendo, a expectativa é que a maior parte dos créditos seja emitida em atividades de desmatamento evitado – especificamente do desmatamento planejado.

Além disso, a metodologia REDD+ prevê a remuneração via créditos nos casos de contenção de ameaças externas. Assim como quando a vegetação de uma área deixa de ser aberta mesmo que haja permissão legal para o desmate.

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil