Ator de novela da Globo faz participação especial na ciranda de Manacapuru

Adanilo, renomado ator manauara, irá cirandar na Matizada.

Além de ator, Adanilo, de 33 anos, manauara, é dramaturgo, diretor de cinema e, também, cirandeiro.

Neste sábado, dia 1° de setembro, ele retorna a Manacapuru para fazer uma participação especial na ciranda Flor Matizada, que concorre ao título de campeã com as cirandas Guerreiros Mura e Tradicional.

Em entrevista exclusiva ao BNC Amazonas, Adanilo conta sobre sua relação afetiva com a cultura da ciranda de Manaus e Manacapuru.

Em meio à vasta produção artística, ele é um dos protagonistas do premiadíssimo filme acreano “Noites alienígenas” (2022), exibido no Festival de Cannes. O longa está disponível na Netflix.

Adanilo atuou também nos longas “O rio do desejo” (2023), do diretor Sérgio Machado, e “Marighella” (2021), dirigido por Wagner Moura; e nas séries “Cidade invisível” (2023, Netflix), “Dom” (2023, Amazon) e na segunda temporada de “Segunda chamada” (2021, Globo).

Como diretor, Adanilo assina curtas como “Castanho” (2023). Pela publicação de seu espetáculo “Bicho doido” (2017), foi premiado no concurso Jovens Dramaturgos, do Serviço Social do Comércio (Sesc).

Ainda neste ano, ele lançará “Dramaturgia galerosa”, uma coletânea com textos de teatro que escreve desde 2013.

Em novelas, apenas neste ano, Adanilo interpretou o jovem Deocleciano na primeira parte da novela “Renascer” (Globo) e já está gravando a nova novela das 19h da Globo, “Volta por cima”, onde interpretará o motorista de ônibus Sidney.

Em meio às gravações, ele se prepara para cirandar na Flor Matizada, no Festival de Cirandas de Manacapuru.

Ator de novela da Globo faz participação especial na ciranda de Manacapuru

Em novelas, apenas neste ano, Adanilo interpretou o jovem Deocleciano na primeira parte da novela “Renascer” (Globo) e já está gravando a nova novela das 19h da Globo, “Volta por cima”, onde interpretará o motorista de ônibus Sidney.

Em meio às gravações, ele se prepara para cirandar na Flor Matizada, no Festival de Cirandas de Manacapuru.

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A entrevista

Dassuem Nogueira – Soube que você dançou na ciranda da Compensa (bairro de Manaus). Você pode falar sobre isso? Quanto tempo durou? Qual o lugar dessa experiência na sua formação artística e humana?

Adanilo Lima – Sim. Eu dancei muitos anos na ciranda Império da Compensa. Depois, fiz parte da banda. Foram muitos anos dedicados a isso. Dos 13 aos 14 anos até os 19. E com certeza me ajudou muito.
Sempre falo que a minha primeira formação artística vem do meu bairro: dançando ciranda, fazendo grafite, que foi algo que eu fiz e ainda faço. Foi muito importante ter tido essa formação, inclusive me ensinou bastante coisa.

Dassuem – Você pode me dar exemplos desses ensinamentos?

Adanilo – Desde aprender a dançar, elaborar as próprias indumentárias etc. Depois, passei a fazer parte da banda da ciranda, então tive essa vivência como músico também.

Dassuem – Você já veio outras vezes ao Festival de Cirandas de Manacapuru?

Adanilo – Eu já estive no Festival de Cirandas de Manacapuru em 2006 ou 2007, não lembro agora. Eu dancei na Flor Matizada, justamente. A ciranda Império, que é a ciranda que eu dançava, no bairro da Compensa, foi convidada para integrar o cordão de cirandeiros da Matizada numa coreografia. Então eu já participei, sim.

Dassuem – Você está em meio a gravações de nova novela da Globo, e veio especialmente para cirandar na Flor Matizada. Essa é sua ciranda de coração?

Adanilo – Eu sou um supertorcedor da Flor Matizada. Torço para a Matizada desde esse vínculo. Como eu já dancei aí, me interessou muito essa ciranda e passei a ser torcedor dela.

Dassuem – Considerando a sua notoriedade, qual impacto você espera que sua presença tenha para o Festival de Cirandas de Manacapuru?

Adanilo – Eu me vejo como um artista a mais indo aí compor o festival de cirandas. Todo mundo é tão talentoso, todo mundo é tão incrível. Acho que a minha presença é a de um artista a mais no meio desse espetáculo maravilhoso. Fico muito feliz, muito honrado. Eu adorei o convite. Estou muito empolgado para estar aí em Manacapuru.

Dassuem – Como ator que circula em meio a produções nacionais para o cinema e a televisão, o que você acha que falta para grandes espetáculos amazônicos, como o de cirandas e mesmo o festival de Parintins, emplacarem nacionalmente?

Adanilo – Eu acho que é um processo. A gente está sendo cada vez mais reconhecido. O que acontece com o boi-bumbá, que já tem esse reconhecimento, por exemplo, é um processo de anos aí. E o festival de ciranda, que é nosso maior festival folclórico do Amazonas, está caminhando para isso também. Às vezes não dá para meter os pés pelas mãos. Tem que ir no tempo das coisas, mesmo. Acho que é importante a gente se valorizar, a gente se reconhecer enquanto parte integrante disso tudo e seguir trabalhando nisso.

Dassuem – Pelo que acompanho em suas redes sociais, você é torcedor do boi Garantido e, sempre que pode, divulga o festival e o seu boi. Qual sua relação com o boi bumbá?

Adanilo – Eu fui para a alvorada do Garantido e, também, fui para o festival. Estive em Parintins duas vezes neste ano. É incrível. Eu sou muito Garantido, Garantido demais, Garantido para *!

Foto: Dassuem Nogueira/Especial para o BNC Amazonas