Mandel diz que não quer apoio de quem comprometa sua gestão
O candidato a prefeito de Manaus afirmou isso sobre apoio do governador em segundo turno.

Antônio Paulo, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 02/09/2024 às 15:53 | Atualizado em: 03/09/2024 às 04:01
O deputado federal Amom Madel, candidato a prefeito de Manaus pela federação PSDB-Cidadania, foi entrevistado nesta segunda-feira, 2 de setembro, foi entrevistado pelo pelo grupo de sites G6. O grupo reúne Amazonas Atual, BNC Amazonas , Portal Único, Portal do Marcos Santos, Blog do Hiel Levy e Blog do Mário Adolfo.
Um dos pontos de destaque da sabatina de quase uma hora foi Mandel acreditar que estará no segundo turno das eleições. Ele também disse crer que sua coligação puro-sangue deverá eleger entre 20 e 22 vereadores à Câmara Municipal de Manaus.
Dessa forma, ao se colocar como um dos dois nomes que passará ao segundo turno das eleições em Manaus, o deputado Amon Mandel se esquivou de falar sobre as possíveis alianças na segunda fase do pleito.
“Não sou adivinho e sei que não tem eleição ganha, mas acredito que estarei no segundo turno com os votos da população de Manaus que acredita no meu trabalho e nas nossas propostas”.
O G-6 perguntou-lhe sobre a possibilidade de se aliar a Wilson Lima (União Brasil). O governador já disse não estará ao lado do prefeito David Almeida (Avante), caso o candidato dele (Roberto Cidade) não vá ao segundo turno. Mandel reafirmou ser um candidato independente e que não quer aliança com políticos que possam comprometer sua eventual gestão.
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‘Campanha doente?’
O jornalista Neuton Corrêa, diretor-presidente do BNC Amazonas , perguntou ao candidato por que motivo quase 30% dos gastos de sua campanha estão ligados a empresas de medicamentos ou farmacêuticas.
Um exemplo é o pagamento de R$ 32 mil à empresa Alpharma Representações (CNPJ 42.984.546/0001-74), localizada à avenida Djalma Batista.
Uma nota fiscal de 28 de agosto de 2024 mostra que a campanha de Mandel comprou mil unidades do produto Acnezil Prot FPS 30 oil control 60g, que parece ser um medicamento.
Em resposta, o candidato disse que não tinha conhecimento dessa ligação com empresas de medicamento. E ainda que pode ser de empresa que tenha outras funções de negócios dentro do mesmo CNPJ.
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‘Pagando de doido’
Ele foi perguntado também sobre as críticas recebidas por conta da expressão “pagando de doido”. Ele usou a express no último debate e na própria campanha contra adversários.
O questionamento se referiu principalmente pelo fato de o candidato ser autista, hastear a bandeira da inclusão e usar o termo “pagando de doido”, uma forma de discriminação às pessoas com problemas mentais.
Mandel disse que apenas usa a expressão muito popular, principalmente na zona leste de Manaus, e que de forma alguma tem ou teve a intenção de fazer qualquer tipo de discriminação.
“Há uma grande diferença entre você ter uma linguagem capacitista, não ter conhecimento de inclusão social e de pessoas com deficiência e usar uma expressão popular da cidade de Manaus. Eu não conheço nenhuma expressão popular onde você chega lá na zona leste e as pessoas falam. Ah, infelizmente autista isso não existe. Porém, quando a gente fala ‘pagar de doido’ certamente essa expressão popular existe na zona leste de Manaus, nas zonas norte, sul e centro-sul. São coisas, totalmente diferentes a meu ver”, disse o candidato.
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Plano de inclusão
O deputado federal disse ainda que em seu plano de governo há pelo menos dez propostas voltadas à questão da inclusão e do combate à discriminação contra os problemas mentais e falta de atenção.
Por fim, Mandel também falou sobre a saúde de Manaus, metrô, orçamento, cumprimento de mandato e compra de votos. O candidato declarou admiração ao ex-senador Jefferson Péres (falecido), que ele tem como espelho e referência na política amazonense.
Assista à íntegra da sabatina do G6
Foto: reprodução/vídeo