Amazônia: de 38 mil focos de queimadas, Pará e Amazonas dividem 24 mil

No sul do Amazonas, Apuí tomou a liderança de Lábrea em queimadas em agosto

Mariane Veiga

Publicado em: 03/09/2024 às 22:17 | Atualizado em: 04/09/2024 às 10:22

Com o pior registro desde 2005, os 38.266 focos de incêndio registrados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em agosto, mostram que a rotina de fogo e fumaça deve continuar nos próximos dias.

Os estados do Pará (13.803) e Amazonas (10.328), que compõem o bioma Amazônia, lideraram em número de focos de incêndios no mês de agosto no Brasil, segundo o BDQueimadas, do Inpe.

Dessa maneira, conforme o levantamento, o corredor de poluição que circula do Norte e de parte do Centro-Oeste rumo a Sul e Sudeste deve continuar a afetar parte do país, já que deve chover abaixo da média no país entre setembro e novembro.

Nos próximos dias, uma frente fria pode ajudar a reduzir brevemente o calor, mas vai piorar a situação em regiões do Sul e do Sudeste, incluindo São Paulo, antes da sua chegada.

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No Amazonas, o município com mais focos de incêndio capturados pelo Inpe é Apuí, no sul do estado, cujos números quase quadruplicaram na comparação com agosto de 2023.

A cidade tomou o primeiro lugar de Lábrea, que também viu os números mais que dobrarem: 1.959 focos em agosto deste ano contra 867 de 2023.

Os dois municípios estão localizados no sul amazonense, numa região por onde a fumaça dos incêndios passa antes de seguir para o Sul do país, com contribuições de incêndios nos vizinhos Acre e Rondônia, Pará e Mato Grosso e também de países como Bolívia, Paraguai e Argentina.

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Foto: Mauro Neto/Secom