Enquanto o vereador Álvaro Campelo (PP) sugeria em vídeo nas redes sociais ter sido vítima de tentativa de extorsão por parte do tenente PM Monteiro, durante abordagem em barreira da Polícia Militar na noite deste sábado, dia 17, o comando da corporação distribuía nota oficial assinada pelo comandante, David Brandão, em que penhorava confiança no seu policial.
Campelo fala em tentativa de extorsão, truculência e abuso de autoridade, situação que prometeu denunciar formalmente nesta segunda, dia 19, ao próprio comando da polícia e à Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança Pública.
O comandante da Polícia Militar informa na nota que o vereador foi multado por infração ao artigo 167 do código de trânsito, tendo se negado a apresentar documentos e a assinar o auto emitido pelo oficial.
Segundo o vereador, o policial tentou suborná-lo ao avisar que ele ia ser multado porque passageira estava sem cinto de segurança, “mas a gente pode resolver essa situação”.
Campelo disse que ligou ao secretário de Segurança Pública, Bosco Saraiva, e ao comandante da PM não para pedir que retirassem o auto de infração, mas para que soubessem do que estava acontecendo.
Leia a nota (com grifos do BNC ) que circula em grupo de whatsapp da assessoria de imprensa da Polícia Militar. A Secretaria de Comunicação (Secom), do governo, não emitiu nenhum comunicado até a hora deste post:
O Comando-Geral da Polícia Militar informa que o vereador foi multado por descumprimento do artigo 167 do Código de Trânsito Brasileiro. O auto de infração TD0004485 foi emitido de forma eletrônica às 20h24 da noite de sábado (17/02), durante blitz da Operação Catraca, realizada pela Polícia Militar na Avenida General Rodrigo Otávio. A Operação é voltada à fiscalização dos ônibus do transporte coletivo, com foco na prevenção de assaltos.
Segundo a equipe policial que trabalhava na ocasião, o carro do vereador estava atrás de dois ônibus que foram parados para abordagem. Assim como ele, outros quatro veículos de passeio e duas motocicletas foram parados, naquela ocasião. Contudo, o vereador teria começado a buzinar.
Quando os policiais se aproximaram e pediram a documentação, ele teria se recusado e acelerado o veículo. A passageira estava sem cinto, deitada na cadeira rebaixada . Naquele instante, o vereador foi notificado da infração, mas não quis assinar a multa.
É importante ressaltar que, assim como qualquer cidadão, o vereador pode recorrer e apresentar defesa na Junta Administrativa de Recursos de Infração (JARI). Denúncias sobre a conduta de servidores da Segurança Pública devem ser feitas na Corregedoria-Geral , localizada na sede da SSP, no shopping Via Norte, Nova Cidade.
O Comandante-Geral da Polícia Militar, Coronel David Brandão, reafirma sua total confiança na tropa de policiais militares que serve à sociedade amazonense e enfatiza que a atividade dos policiais militares é exercida com total independência e respeito às leis .
Veja o vídeo com a versão do vereador :
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Fotos: Reprodução/CMM e internet