De olho no Senado, PT trabalha na base pela reeleição de David Almeida
PT vê a possibilidade de Aziz ser o candidato ao governo em 2026 e Braga ao Senado com apoio de Almeida, caso seja reeleito

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 25/10/2024 às 18:14 | Atualizado em: 25/10/2024 às 18:15
Lideranças do PT avaliam que o pior quadro político no Amazonas seria uma vitória de Alberto Neto (PL) no domingo (27), um bolsonarista raiz.
Já o prefeito e candidato à reeleição David Almeida (Avante), embora tenha apoiado Bolsonaro em 2022, tem ao seu lado os senadores Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB), ambos da base aliada do presidente Lula da Silva.
De acordo com o analista de política da CNN Pedro Venceslau, que conversou com alguns dirigentes do partido no Amazonas, o PT vê a possibilidade de Aziz ser o candidato ao governo em 2026 e Braga ao Senado com apoio de Almeida, caso seja reeleito.
Dessa forma, o PT poderia apoiar Aziz e indicar um nome para outra vaga ao Senado, que pode ser o de Marcelo Ramos, o candidato a prefeito da sigla derrotado.
“Eles não vão declarar voto para o candidato do Avante, afinal são dois candidatos do campo da direita, mas estão trabalhando silenciosamente nas bases petistas em Manaus pelo o atual prefeito”, disse Venceslau.
De acordo com ele, o pior cenário em Manaus seria a eleição de um bolsonarista.
“Por quê? Porque Manaus se tornou um bolsão bolsonarista, um reduto desse campo político nas últimas eleições. Eles dizem que têm duas figuras importantes [Aziz e Braga] que se aproximaram do prefeito. Para o PT, interessa fazer uma composição com esses dois políticos tendo a retaguarda da prefeitura”, diz o analista.
Venceslau diz que com Omar candidato ao governo o atual presidente Lula da Silva teria um palanque sólido em Manaus numa eventual campanha para a reeleição.
“Tudo isso em linha com aquela estratégia pragmática do partido consciente de que não possui quadros em muitas cidades e vai apoiar candidaturas de centro e até de direita para evitar o avanço do bolsonarismo e consequentemente o nome ungido por Bolsonaro, o próprio está inelegível embora não admita isso”, avalia.
Para ele, Lula está construindo um “arcabouço político” para sua reeleição bastante pragmático.
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Foto: BNC Amazonas