Corroborando o que afirmou o senador Omar Aziz (PSD) no último final de semana, sobre a necessidade de o governo federal dar mais atenção à segurança nas fronteiras do país, O Globo publica reportagem sobre o tráfico de armas pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) se aproveitando da falta de fiscalização e da vulnerabilidade em Roraima, no limite do Brasil com a Venezuela.
E se entra em Boa Vista, é muito provável que os traficantes tentem alcançar também Manaus via BR-174, que registra intensa movimentação entre as capitais.
A Polícia Civil de Roraima identificou nos últimos meses, coincidentes com o aumento da invasão venezuelana, que o PCC intensificou as ações clandestinas de aquisição de armas de grosso calibre junto a traficantes do país vizinho.
Inúmeras interceptações telefônicas entre presidiários de São Paulo e de Roraima, da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, mostram a facilidade das ações criminosas na fronteira.
O presídio, onde ocorreu o massacre de presos no início de 2017, promovido por membros do PCC contra a facção rival FDN (Família do Norte), é o escritório avançado da organização.
A Secretaria de Segurança Pública do Governo de Roraima divulgou que, entre 2015 e 2017, a apreensão de armas pesadas no estado mais que duplicou.
E nesse comércio ilegal, o uso de carro como moeda tem um peso importante. São roubados no Brasil e mandados para a Venezuela na troca por armas.
Em Manaus, o roubo e furto de carros é acima da média nacional, segundo os últimos dados estatísticos do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Até 2015, a média era de 12 carros roubados/furtados por dia.
Paralelamente ao crescimento das ações do PCC na fronteira e da entrada de venezuelanos, a criminalidade disparou em Roraima. As ocorrências policiais envolvendo estrangeiros aumentaram 391% de 2016 para o ano passado.
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Foto: Reprodução/internet
