Amazonense que sobreviveu à raiva humana inicia reabilitação na FMT

O amazonense de 14 anos que sobreviveu à raiva humana, o quinto no mundo e o segundo no Brasil, iniciou nesta semana o tratamento de reabilitação em uma estrutura especialmente montada para esse fim na Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD).

De três membros da família que foram internados com suspeita de raiva em 23 de dezembro do ano passado, o adolescente é o único sobrevivente. Seus dois irmãos não resistiram a ataques fulminantes da doença.

A família do adolescente vive em comunidade ribeirinha do rio Unini, no município de Barcelos. A raiva foi transmitida por morcegos hematófagos que atacaram os três irmãos.

Segundo a equipe médica, o paciente apresenta melhoras significativas, mas deve seguir o tratamento por tempo indeterminado por causa das complicações que a doença deixa no organismo.

Em avaliação nesta segunda, ele reagiu com gestos ao ver familiares.

Os médicos vão centrar o trabalho de recuperação nas áreas de nutrição, fisioterapia e fonoaudiologia, considerando a alta perda de peso, enfraquecimento e sequelas motoras e da fala.

“Ele balbucia alguns sons para se comunicar com os pais e com a equipe que o acompanha”, disse o pediatra Marcus Fernandes.

A equipe multidisciplinar montada pela Secretaria de Saúde (Susam) que acompanha o paciente é formada por infectologistas (Antônio Magela e Lucilaide Santos), pediatras (Marcus Fernandes, Vanine Fragoso, Fernanda Matias e Helcio Renan), nutricionista (Cláudia Mafra), fisioterapeuta (José Alexandre Almeida e Glauber Taveira), fonoaudióloga (Cristina Rodrigues), neurologistas (Maria de Lourdes Galvão e Pablo Vinicius), gerente de enfermagem (Maria Ivanir Freitas), odontólogo (Milton César) e gerente de urgência (Sílvio Fragoso).

Foto: Divulgação/Secom