Inquérito que investigou Gleisi e o marido dela chega ao Supremo

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 16/03/2018 às 13:57 | Atualizado em: 16/03/2018 às 13:57
Está a caminho do Supremo Tribunal Federal (STF) o relatório da Polícia Federal (PF) que investigou o desvio de R$ 100 milhões do Ministério do Planejamento.
Os investigados são a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o marido dela, o ex-ministro Paulo Bernardo.
Eles são investigados por corrupção e lavagem de dinheiro em um esquema que desviou o dinheiro. O relatório da PF foi encaminhado ao ministro Dias Toffoli, relator do caso.
De acordo com a PF, o esquema envolvia um contrato entre o Ministério do Planejamento e uma empresa de gestão de empréstimos consignados à época em que Paulo Bernardo estava no comando da pasta.
A contratação da empresa Consist para gerir os empréstimos consignados teria sido direcionada pelo ministério.
A PF também aponta que parte dos desvios abasteceu, via caixa dois, a campanha de Gleisi ao governo paranaense, em 2014.
O ex-ministro chegou a ficar preso por seis dias, em junho de 2016, na operação Custo Brasil, desdobramento da 18ª fase da Operação Lava Jato.
Polícia Federal, Ministério Público e Receita Federal estimam que o esquema de fraudes movimentou cerca de R$ 100 milhões em propinas entre 2010 e 2015.
Segundo os investigadores, R$ 7 milhões foram repassados a um escritório de advocacia ligado a Bernardo.
Desse total, 80% (cerca de R$ 5,6 milhões) foram transferidos para o ex-ministro, de acordo com a PF.
Fonte: Congresso em Foco
Foto: Reprodução/DCM