Até próximo do meio-dia desta quinta, dia 22, os professores da rede pública da capital, com o reforço da presença de colegas de vários municípios, como Iranduba, Manacapuru, Rio Preto da Eva, Novo Airão, Itacoatiara, Anori, Anamã, Parintins e Presidente Figueiredo, encaravam o sol manauense na expectativa de que o governador Amazonino Mendes (PDT) chamasse a categoria para conversar.
Como o governador não apareceu, porque estaria cumprindo agenda no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), na posse de desembargadora, a partir de 11h30 os manifestantes começaram a se dispersar, com a promessa de voltar amanhã, em carreata pela cidade até a sede do governo.
De acordo com a Asprom /Sindical (Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus), por meio de seu coordenador Lambert Melo, cerca de 150 escolas estaduais , na capital e no interior, já estão com suas atividades paradas desde hoje.
Lambert aponta que o nó da questão está também em o governador insistir em negociar apenas com uma entidade, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteam).
Segundo ele, professores e pedagogos não reconhecem o Sinteam como representativa dos professores.
Em nota enviada ao BNC , o governo alega que mantém diálogo com a categoria desde fevereiro. Mas, só com o Sinteam, que o governador diz ser a representante legal dos servidores.
“O movimento desta manhã em frente à sede do governo não é coordenado pelo sindicato [Sinteam]”, afirma trecho da nota.
Leia a nota do governo
O novo Governo do Amazonas, que assumiu em outubro de 2017, mantém diálogo aberto com os servidores da educação desde fevereiro deste ano.
As negociações acontecem com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), única entidade constituída legalmente para representar os servidores da educação. O movimento desta manhã em frente à sede do governo não é coordenado pelo Sindicato.
No processo de negociação, o governo já concedeu aumento no auxílio-alimentação de R$ 220 para 420 aos servidores que trabalham nas unidades escolares, fim do desconto de 6% no vale-transporte e reajuste do auxílio-localidade saindo dos R$ 30 atuais para três níveis de gratificação: R$ 200 para municípios mais próximos de Manaus, R$ 500 para municípios de distância média da capital e R$ 1 mil para municípios mais distantes.
Em relação à data-base, o governo propôs aumento de 4,57% referente ao período da atual gestão em 2017 e a criação de um “gatilho”, vinculado ao aumento da arrecadação, que permitirá o pagamento das datas-bases que não foram cumpridas pelos governos passados nos anos de 2015, 2016 e parte de 2017.
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Fotos: BNC