Bolsonaro guardava US$ 14 mil embaixo do colchão para fugir do país

Valor, em dinheiro vivo da moeda de Trump, estava escondido na casa. PF recolheu também o celular.

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 18/07/2025 às 09:03 | Atualizado em: 18/07/2025 às 09:03

A Polícia Federal apreendeu nesta sexta-feira, 18 de julho, cerca de US$ 14 mil em espécie durante uma operação na casa de Bolsonaro, em Brasília.

A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Além do montante em moeda estrangeira, os agentes recolheram o celular de Bolsonaro, que passa a integrar as investigações em andamento.

A operação também incluiu buscas no escritório político do ex-presidente e na sede nacional do PL, partido ao qual é filiado.

O objetivo da PF é aprofundar apurações relacionadas a possível envolvimento de Bolsonaro em atos ilegais investigados em diferentes inquéritos no Supremo.

A nova fase incluiu ainda a imposição de medidas cautelares, entre elas:

  • – uso de tornozeleira eletrônica;
  • – recolhimento domiciliar noturno (das 19h às 7h) e aos fins de semana;
  • – proibição de uso de redes sociais;
  • – proibição de contato com embaixadas, diplomatas e outros investigados.

Dinheiro clandestino

A apreensão dos dólares reforça as suspeitas de movimentações financeiras não declaradas, embora a Polícia Federal ainda não tenha divulgado se o valor estava relacionado a alguma operação específica.

O ex-presidente não se pronunciou oficialmente até o momento.

A contagem oficial do dinheiro em espécie será confirmada após perícia.

Nos bastidores, interlocutores de Bolsonaro afirmam que o montante era guardado como reserva pessoal e não teria origem ilícita.

A operação desta sexta-feira amplia o cerco judicial contra Bolsonaro e ocorre em meio a novas ofensivas contra aliados próximos, investigados por suposta tentativa de golpe de Estado e por fraudes relacionadas a cartões de vacinação.

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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil