Polícia vai expulsar qualquer bolsonarista que se atrever a acampar na Três Poderes

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou o uso da polícia para remover barracas montadas por deputados bolsonaristas na Praça dos Três Poderes. A ordem inclui ainda a possibilidade de prisão em flagrante caso os parlamentares resistam. A medida atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Além disso, Moraes proibiu qualquer novo acampamento de manifestantes bolsonaristas em um raio de 1 quilômetro da Praça, da Esplanada dos Ministérios e dos quartéis das Forças Armadas.

De acordo com o ministro, o objetivo é “evitar novos eventos criminosos semelhantes aos atos golpistas ocorridos em 8/1/2023”.

A movimentação começou com o deputado Hélio Lopes (PL-RJ), que foi ao local com barraca e esparadrapo na boca, em protesto.

Logo, ele foi seguido por outros deputados do PL: Sóstenes Cavalcante (AL), Cabo Gilberto Silva (PB), Coronel Chrisóstomo (RO) e Rodrigo da Zaeli (MT).

Ibaneis Rocha, governador do DF, foi pessoalmente ao local negociar a saída pacífica dos parlamentares.

“Se não saírem, serão presos”, disse Ibaneis ao Estadão, antes de negociar com o grupo ao lado do desembargador aposentado Sebastião Coelho.

Durante a conversa, o governador desabafou: “Eu não concordo com as coisas que estão acontecendo, Sebastião”.

Mesmo após a retirada inicial, os deputados foram surpreendidos com a nova ordem de Moraes de 1 quilômetro de distância.

O secretário de segurança do DF, Sandro Avelar, citou o risco de outro 8 de Janeiro para justificar a ação rápida e dura contra o acampamento.

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil