Nikolas agora é réu e deve ser cassado por distorcer e difamar obra literária
Justiça eleitoral aceitou denúncia do MP também contra outros bolsonaristas.
Publicado em: 26/07/2025 às 19:18 | Atualizado em: 26/07/2025 às 19:21
A Justiça Eleitoral de Minas Gerais aceitou denúncia que pode tirar os direitos políticos de Nikolas Ferreira (PL). Ele e outros aliados são acusados de difamar obra literária. O caso envolve ainda Bruno Engler, Coronel Cláudia e Delegada Sheila, todos do PL. Agora, são réus por promover ataques ao ex-prefeito de Belo Horizonte Fuad Noman (PSD) durante a campanha de 2024.
Segundo o Ministério Público, o grupo bolsonarista distorceu trechos do livro “Cobiça”, escrito por Fuad em 2020. A obra é ficcional, mas virou alvo de campanha difamatória.
Nikolas publicou vídeos chamando o livro de “pornográfico” e sugerindo que “o problema é quando a ficção vira realidade”. A Justiça determinou a remoção, mas ele manteve o conteúdo.
Fuad morreu em março deste ano, cinco meses após se reeleger. Internado com pneumonia desde janeiro, ele sofreu uma parada cardíaca e não resistiu. O ex-prefeito tratava um linfoma.
A Procuradoria afirma que houve “campanha sistemática de desinformação” e pediu a cassação dos direitos políticos dos acusados. Eles têm dez dias para apresentar defesa.
Saiba mais na Carta Capital.
Leia mais
Nikolas Ferreira pode perder mandato e ficar inelegível por fake news
Foto: Lula Marques/Agência Brasil